Eleições de 2014 em Alagoas

24/04/2023 11:55 - Marcelo Bastos
Por redação
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Eleições de 2014 em Alagoas

Na Eleição Estadual de 2014, em Alagoas, tínhamos à frente do Governo do Estado Teotônio Vilela Filho (PSDB) e o do Município de Maceió, Rui Palmeira (PSDB).

Fatos importantes das Eleições de 2014 em Alagoas 

1) As eleições foram marcadas pela desistência de tradicionais políticos que, ao longo da história, estiveram presentes em muitos pleitos. O Governador Teotônio Vilela Filho com três mandatos de Senador e dois de Governador, seria candidato natural ao Senado, porém não concorreu, deixando o meio político sem entender a sua decisão. José Thomaz Nonô, com seis mandatos de Deputado Federal e vice-Governador, também ficou fora do pleito, preferiu coordenar a campanha presidencial de Aécio Neves (PSDB-MG) no Nordeste. João Lyra, que concorreria à reeleição para Deputado Federal, renunciou à candidatura alegando que precisaria destinar mais tempo as suas empresas. O ex-Governador Manoel Gomes de Barros iria concorrer a uma vaga para Deputado Estadual, antes de registrar sua candidatura, desistiu do pleito.

2) Divaldo Suruagy, um ícone na política alagoana, concorreria a uma vaga à Assembleia Legislativa Estadual, porém o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) indeferiu o registro de sua candidatura. A reportagem do dia 06 de agosto de 2014, na página 3, do Jornal Tribunal Independente, a jornalista Luciana Martins reporta bem o fato da época: “O candidato a deputado estadual e ex-governador de Alagoas, Divaldo Suruagy (PPS) teve o seu registro de candidatura negado pelo Tribunal Regional Eleitoral, na sessão de ontem. O pedido foi feito pelo Ministério Público Eleitoral e de acordo com o procurador Regional Eleitoral, Marcial Coêlho, o ex-governador ficou inelegível porque, de acordo com a Lei da Ficha Limpa a ação condenatória não precisa ter transitado em julgado. “Se o candidato já foi julgado por um colegiado, de acordo com a Lei da Ficha Limpa ele fica inelegível”, explicou o procurador. A ação que condenou Divaldo Suruagy foi julgada pelo Tribunal de Justiça de Alagoas em 2010. A Segunda Câmara Cível manteve a condenação do ex-governador Divaldo Suruagy e da Sheck Participações S/A, sucessora do Banco Maxi-Divisa S/A, pela operação das chamadas “letras podres” do tesouro estadual – que ocasionaram à época um prejuízo financeiro de R$ 537,3 milhões de reais aos cofres públicos do Estado de Alagoas. Os desembargadores rejeitaram por unanimidade os últimos recursos apresentados pelas partes (embargos de declaração) contra decisão de mérito da Segunda Câmara Cível, que manteve integralmente a sentença de primeira instância. O ato de colocação, circulação e venda de Letras Financeiras do Tesouro do Estado de Alagoas apenas poderia ser utilizado, para pagamento de precatórios judiciais (forma de execução para pagamento de dívidas da Fazenda Pública) o que foi descumprido pelo governador.” Divaldo Suruagy (PPS) recorreu da decisão junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), porém por problemas de saúde desistiu de ser candidato. 

3) O Prefeito Rui Palmeira (PSDB) apoiou a candidatura do Senador Benedito de Lira (PP) ao Governo do Estado, ele foi enfático no dia em que oficializou o apoio: “Hoje é um dia de alegria extrema, porque estou declarando apoio a um grande homem, um grande amigo, um dos principais aliados na minha campanha à Prefeitura de Maceió em 2012. Biu tem o melhor projeto para Alagoas e vamos precisar dele no governo para continuar fazendo Maceió crescer”.

 4) O Deputado Federal Renan Filho (PMDB) foi eleito no primeiro turno com uma votação de 670.310 votos (52,16%) e seu vice foi o ex-Prefeito de Arapiraca Luciano Barbosa (PMDB). Utilizando bem as redes sociais e o guia eleitoral, vendendo um discurso do novo contra o velho, apoiado pela maioria dos prefeitos alagoanos, tendo uma excelente performance nos debates e a ausência do Governador em apoio ao candidato Benedito de Lira (PP), foram fatores determinantes para a sua vitória. 

5) O Senador Benedito de Lira (PP) foi o segundo colocado com uma votação de 435.837 votos (33,92%) e seu vice foi o Deputado Federal Alexandre Toledo (PSB). Com uma campanha sem recursos, utilizou mal as redes sociais e o guia eleitoral, com uma performance sofrível nos debates e sem repetir a dobradinha com o Governador Teotônio Vilela (PSDB) das eleições de 2010, foram determinantes para sua derrota já no primeiro turno. 

6) O Senador Fernando Collor de Mello (PTB) foi reeleito Senador com uma votação de 689.266 votos (55,69%). Apoiado por quase todas as forças políticas do Estado, com um tempo considerável no guia eleitoral e com sua força eleitoral, determinaram a sua reeleição 

7) A Vereadora Heloísa Helena (PSOL) foi a segunda colocada com uma votação de 394.309 votos (31,86%). Campanha sem nenhuma estrutura e praticamente sem tempo no guia eleitoral, com uma posição sectária e sem conseguir atrair outros partidos de esquerda, foram determinantes para a sua derrota. 

8) Rodrigo Cunha (PSDB) foi o Deputado Estadual mais votado, com uma votação de 60.759 votos. Com uma imagem de homem público ético e honesto, excelente trabalho executado no PROCON e a tragédia que vitimou a sua mãe Ceci Cunha, determinaram sua excepcional votação. 

9) O Deputado Estadual JHC (SD) foi o Deputado Federal mais votado. Obteve uma votação de 135.929 votos. Usando como bandeira política o escândalo de desvios de dinheiro público envolvendo a mesa diretora da Assembleia Legislativa, foi seu principal trunfo para sua expressiva votação. 

10) Depois de três derrotas consecutivas, o ex-Governador Ronaldo Lessa (PDT) foi eleito Deputado Federal, com uma votação de 88.125 votos. Foi o quinto colocado entre os nove eleitos.

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