Como mostrou o jornalista Voney Malta, em seu blog: o Ministério Público Eleitoral pediu, no dia de ontem, a cassação dos mandatos do governador Paulo Dantas (MDB), do vice-governador Ronaldo Lessa (PDT) e do senador (e atualmente ministro dos Transportes), Renan Filho (MDB) por supostamente terem sido beneficiados “pelo uso da máquina pública por intermédio do programa do governo estadual Pacto Contra Fome, de distribuição de cestas básicas”.

O uso do programa, por parte do governo do Estado, na época em que Dantas era o governador-tampão, foi questionado na Justiça Eleitoral pelo senador Rodrigo Cunha (União Brasil), que era o candidato adversário e foi derrotado nas urnas.

Tal denúncia fomentou uma briga de narrativas entre as campanhas de Dantas e Cunha, com o atual governador do MDB acusando o senador de querer suspender a entrega de cestas básicas em Alagoas, o que era uma flagrante “fake news” da campanha “dantística”.

Se o pedido do MPE vai prosperar ou não, eis uma incógnita. O caso será apreciado – ainda sem data definida – pela Justiça. 

Porém, o surgimento desta ação para ter dado “novo gás” ao contido senador Rodrigo Cunha, que foi às redes sociais afirma enfaticamente que possui “a conviccção de que a eleição em Alagoas foi sim uma fraude”. 

O MPE fez Rodrigo Cunha ter uma posição firme em relação ao processo eleitoral passado. O tom de agora é bem diferente daquele quando derrotado.

“Eu não gostaria de estar dando essa notícia. Todo mundo sabe que a turma de Dantas e dos Calheiros fizeram uma eleição com a maior quantidade de abuso de poder político e econômico de toda a história de Alagoas. Eu tenho a conviccção de que a eleição em Alagoas foi sim uma fraude”, colocou Cunha. 

O senador ainda complementou: “O MPE pediu a cassação do mandado do Paulo Dantas devido as provas robustas de abuso nas eleições. Da minha parte, vou continuar da minha forma, do meu jeito, acompanhado vigilante com a certeza de que a Justiça será feita”