Eleições de 2006 em Alagoas

27/03/2023 11:50 - Marcelo Bastos
Por redação
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Eleições de 2006 em Alagoas 

Na eleição estadual de 2006, em Alagoas, tínhamos à frente do Governo do Estado Luís Abílio (PSB) e do Município de Maceió, Cícero Almeida (PDT). 

Fatos importantes nas Eleições de 2006 em Alagoas 

1) Os institutos de pesquisas Vox Populi, GAPE e Sensus em todas as pesquisas publicadas durante o Processo Eleitoral, apresentavam sempre o candidato Teotônio (PSDB) em segundo lugar e apontavam a possibilidade do candidato João Lyra (PTB) ser o vencedor já no Primeiro Turno. O Instituto IBOPE apresentou ao longo do processo uma queda nas pesquisas do candidato João Lyra (PTB) e um crescimento na reta final do candidato Teotônio Vilela Filho (PSDB). Na pesquisa de agosto, João Lyra aparecia com 43% das intenções dos votos e Teotônio com 27%, diferença de 16%. Na pesquisa de setembro, João Lyra aparecia com 46% das intenções dos votos e Teotônio 34%, diferença de 12%, apresentando de uma pesquisa para outra uma queda de 4% do candidato João Lyra. Na véspera da eleição, o IBOPE apresentou a sua última pesquisa, em que apontava uma virada do candidato Teotônio Vilela Filho (PSDB) sobre o candidato João Lyra (PTB). Teotônio aparece com 39% e João Lyra com 38%, caracterizando empate técnico. O IBOPE na época justificou a vitória no primeiro turno do candidato Teotônio Vilela (PSDB), ao alto índice de indecisos que na hora de votar, a ampla maioria optaram por Teotônio e a votação inexpressiva dos outros candidatos. 

2) O Senador Teotônio Vilela Filho (PSDB) foi eleito no primeiro turno com uma votação de 733.405 votos (55,85%) e seu vice foi José Wanderley (PMDB). A aliança mais uma vez com o Senador Renan Calheiros (PMDB) e o índice de 70% de aprovação da gestão do ex-Governador Ronaldo Lessa (PDT), contribuíram para a eleição de Teotônio. 

3) O Deputado Federal João Lyra (PTB) foi o segundo colocado com uma votação de 400.678 votos (30,51%) e seu vice foi o Deputado Estadual Celso Luiz (PMN). Manteve-se durante o processo eleitoral em primeiro lugar nas pesquisas, porém durante o pleito foi perdendo fôlego e o Instituto IBOPE já apontava isso nas suas pesquisas. Apesar de uma campanha multimilionária, o candidato teve uma performance muito fraca no guia eleitoral e no debate de véspera na TV Gazeta teve um desempenho abaixo da crítica. 

4) A sindicalista Lenilda Lima (PT) foi a terceira colocada com uma votação de 108.543 votos (8,27%) e seu vice foi Edivaldo Nascimento (PC do B). Tinha nos sindicatos e movimentos sociais sua base eleitoral. Sem atrair outros partidos de esquerda, limitada estrutura de campanha, pouco tempo no guia eleitoral e a polarização entre os dois primeiros colocados, ainda assim foi razoável o seu desempenho no pleito. 

5) O ex-Presidente Fernando Collor (PRTB) foi eleito Senador com uma votação de 550.725 votos (44,04%). Os votos de protestos, vitimizando-se do impeachment que sofreu e principalmente a derrota que o ex-Governador Ronaldo Lessa (PDT) sofreu no TSE, determinaram a vitória de Collor. 

6) O ex-Governador Ronaldo Lessa (PDT) foi o segundo colocado para o Senado com uma votação de 501.239 votos (40,08%). Apesar de ter uma aprovação de 70% da sua gestão a frente do Governo do Estado, a derrota no TSE por unanimidade, em mantê-lo inelegível por três anos, foi determinante para a sua derrota. 

7) O Deputado Federal José Thomaz Nonô (PFL) foi o terceiro colocado para o Senado com uma votação de 120.656 votos (9,65%). Com seis mandatos consecutivos de Deputado Federal e sempre um dos mais votados, Nonô amargou mais uma humilhante votação. 

8) O Deputado Federal Benedito de Lira (PP) foi o Deputado Federal mais votado com uma votação de 106.593 votos. Com uma imagem de canalizador de recursos para o Estado junto ao Governo Federal e com o apoio de vários Prefeitos e Vereadores, foram fatores que determinaram a sua grande votação. 

9) Maria Cleide Costa Beserra (PMN), conhecida como Cláudia Brandão, foi a Deputada Estadual mais votada com uma votação de 48.904 votos. Com a estrutura do seu esposo, o Deputado Celso Luiz, Presidente da Assembleia Legislativa e vice do candidato João Lyra, determinou a expressiva votação. 

10) Rui Palmeira (PRONA) foi eleito Deputado Estadual com uma votação de 21.752 votos. Sendo o vigésimo terceiro colocado entre os 27 eleitos. Rui Palmeira estava construindo uma trajetória política de sucesso. Na eleição de 2010, foi eleito Deputado Federal com uma votação de 118.363 votos. Sendo o terceiro colocado entre os nove eleitos. Na eleição de 2012, foi eleito no primeiro turno Prefeito de Maceió com uma votação de 230.129 votos e na eleição de 2016 foi reeleito Prefeito de Maceió no segundo turno com uma votação de 241.977 votos.

 

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