Eleições de 1996 em Maceió

23/02/2023 11:50 - Marcelo Bastos
Por redação
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Eleições de 1996 em Maceió

 

Na eleição municipal de 1996, em Maceió, tínhamos à frente do Governo do Estado Divaldo Suruagy (PMDB) e do Município de Maceió, Ronaldo Lessa (PSB).

 

Fatos importantes nas eleições de 1996 em Maceió (Primeiro Turno) 

1) Kátia Born (PSB) foi a mais votada com uma votação de 70.271 votos (32,15%) e seu vice foi Petrúcio Bandeira (PSB). A excelente avaliação do Prefeito Ronaldo Lessa (PSB) e seu empenho sobre-humano para fazer o seu sucessor, foram determinantes para a vitória de Kátia. 

2) A Deputada Estadual Heloísa Helena (PT) foi a segunda coloca[1]da com uma votação de 63.548 votos (29,08%) e seu vice foi Joaquim Brito (PT). A excelente votação no primeiro turno de Heloísa Helena deve-se a destacada atuação como vice-Prefeita da gestão de Ronaldo Lessa e atuação combativa como Deputada Estadual. 

3) O Deputado Federal Albérico Cordeiro (PTB) foi o terceiro colocado com uma votação de 41.404 votos (18,94%) e seu vice foi o ex-Deputado Estadual Dalton Dória (PMDB). Com maior tempo no guia eleitoral, campanha propositiva e sem ser criticado pelos concorrentes, foram fatores que levaram o ótimo desempenho do candidato Albérico Cordeiro. 

4) O ex-Prefeito Pedro Vieira (PMN) foi o quarto colocado com uma votação de 20.416 votos (9,34%). Começou em primeiro lugar nas pesquisas e ao longo do processo foi perdendo fôlego. Ainda vinculado a imagem de Geraldo Bulhões, sem grupo político, a polarização entre Kátia e Heloísa e o crescimento de Cordeiro, fizeram a candidatura de Pedro ir se desmontando ao longo da campanha. 

5) A ex-Primeira Dama de Alagoas Denilma Bulhões (PFL) foi a quinta colocada com uma votação de 13.056 votos (5,97%). Apesar de ter sido candidata por um partido grande, a sua grande rejeição nas pesquisas em virtude da sua imagem estar associada a seu ex-marido e ex-Governador Geraldo Bulhões e o abandono das principais lideranças do seu partido, determinaram o seu baixo desempenho eleitoral. 

6) O Cabo Luiz Pedro (PPB) foi o fenômeno eleitoral com uma votação de 7.631 votos para a Câmara Municipal. Sua votação foi obtida na periferia da cidade, com a construção dos conjuntos residenciais, sob regime de mutirão em que ele estava à frente.

 

Fatos importantes nas eleições de 1996 em Maceió (Segundo Turno) 

1) Albérico Cordeiro (PTB), que foi o terceiro colocado no primeiro turno, apoiou Heloísa Helena (PT). 

2) Pedro Vieira (PMN), que foi o quarto colocado no primeiro turno, apoiou Kátia Born (PSB). 

3) Denilma Bulhões (PFL), que foi a quinta colocada no primeiro turno, apoiou Heloísa Helena (PT). 

4) No dia 12-11-1996 foi realizado um debate na TV Gazeta com as duas candidatas. A eleição estava tecnicamente empatada e esse debate foi de grande importância para o eleitor dirimir as suas dúvidas a respeito das propostas das candidatas. Kátia procurou, ao longo do debate, deter-se nas questões da cidade, mostrando que conhecia cada bairro e Heloísa centralizando nas questões nacionais. As provocações foram a tônica do debate e as propostas ficaram em segundo plano. 

5) Na véspera do segundo turno, a casa da candidata Heloísa Helena (PT) foi atingida por tiros. Os tiros atingiram a parede externa da varanda e o madeirame de uma das janelas da casa, localizada na Gruta de Lourdes. A Candidata Heloísa Helena e seus aliados, denunciaram o episódio à polícia qualificando-o de atentado político, enquanto a candidata Kátia Born (PSB) e seu padrinho político o Prefeito Ronaldo Lessa (PSB) qualificou o atentado como uma grande farsa com claros objetivos eleitorais. 

6) Kátia Born (PSB) foi eleita com uma votação de 112.123 votos (50,98%). A grande gestão de Ronaldo Lessa e seu apoio incondicional a Kátia, foi decisivo para a sua vitória, apesar de ter sido por apenas 4.347 votos (1,98%). 

7) Heloísa Helena (PT) foi a segunda colocada com uma votação de 107.776 votos (49,01%). 

8) A aliança partidária e empresarial que detinha o poder do Estado, na ampla maioria se definiram pela candidatura de Heloísa Helena. As razões foram pragmáticas: Se Heloísa tivesse sido eleita, seria uma forma de neutralizar a força eleitoral de Ronaldo Lessa, em que o mesmo tinha pretensão de ser candidato ao Governo do Estado em 1998.

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