Quem tem a paciência de acompanhar este blog sabe que eu não “viajo” nas redes sociais, território onde transita, como nunca, a estupidez humana.
Há as exceções, bem sabemos, mas o que vem abaixo só comprova – para mim, pelo menos - que ali é inevitável a infantilização de adultos, principalmente os desocupados, que buscam preencher o vazio de suas vidas.
Eis que leio no blog do Flávio Gomes, no TNH1, que Calheiros, Collor e Cunha resolveram dar algum sentido a suas existências, brigando pela internet. O conteúdo do embate é o que eles têm de mais profundo e complexo para oferecer ao grande público.
A explicação inicial seria falta do que fazer, por que não trabalham e vivem do suor do contribuinte?
É apenas parte da resposta possível.
Collor, como se já não bastasse o que fez na presidência da República – e no governo de Alagoas -, ainda deixou no desespero os funcionários da sua empresa, sem que recebesse qualquer punição por isso.
Com Renan ele sempre fez uma dobradinha política e de intenções, que sobreviveu ao tempo (mesmo quando escondida). O senador bolsonarista deve muito a Calheiros o fato de ter sido presidente da República. Sua candidatura foi lançada pelo “amigo-irmão” de Murici, que veio a se tornar seu líder no Congresso Nacional.
Quanto a Calheiros, ele bem que pode ser lembrado na história política brasileira pela frase que disse a Temer, logo após o que ele mesmo chamou de golpe contra Dilma Rousseff. A frase: “Tamo junto!” Não deu, e ele seguiu seu faro de poder.
Cunha, por sua vez, já deve ter entendido que não é do ramo: não assume posição, quando necessário, e se omite dos grandes debates. Uma existência política que não demorará muito a ser esquecida.
É o que nós temos por esses tempos – porque foi o que construímos.