O presidente da Câmara dos Deputados, o camaleônico deputado federal Arthur Lira (Progressistas), segue firme em sua agenda de reuniões buscando consolidar os apoios necessários para se reeleger ao comando da Casa legislativa, em Brasília.

No entanto, conforme informações de bastidores, a dificuldade de negociações de cargos na estrutura do governo federal tem atrapalhado avanços com determinadas “lideranças”. 

Muitos dos aliados estão em busca, dentro do que é o fisiologismo clássico de Brasília, de indicações junto ao governo Lula, mesmo com a tal “frente” formada pelo Executivo ter juntado todo tipo de espécie da fauna política brasileira na estrutura de gestão. 

Em que pese Arthur Lira ter se aproximado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Lula (PT), desde o resultado das eleições presidenciais passadas, o deputado federal ainda tem encontrado dificuldades de falar em nome do Centrão. 

O olhar dos principais nomes do Centrão se volta a espaços como a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Denocs), Departamento Nacional de Infraesteutura de Transportes (DNIT), Banco do Nordeste, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), dentre outras estruturas de segundo escalão. 

Lira já demonstrou que tem força política em Brasília e segue como o favorito para presidir a Câmara dos Deputados pelo próximo biênio. Todavia, ainda enfrenta gargalos próprios da política fisiológica de Brasília. É o já conhecido “toma lá, dá cá”…