Ferrenho opositor das gestões emedebistas passadas (do ex-governador Renan Filho ao início do mandato-tampão do atual governador Paulo Dantas), o atuante deputado estadual Davi Maia (União Brasil) deixará o parlamento estadual em fevereiro deste ano, já que não se reelegeu. O destino político de Maia, a partir de então, ainda é uma incógnita. 

Nos bastidores políticos, comenta-se a possibilidade de Maia assumir algum cargo no segundo escalão do governo Paulo Dantas, já que – no meio do processo eleitoral passado (segundo turno) – ele saiu da base de apoio da candidatura do senador Rodrigo Cunha (União Brasil) ao governo do Estado e hipotecou apoio ao vitorioso Paulo Dantas. 

Ao ser indagado sobre essa possibilidade, Davi Maia diz que – por enquanto – se encontra focado em seus próprios projetos e que nunca houve conversas com o governador sobre a possibilidade de integrar a estrutura do Executivo estadual, assumindo algum órgão do “segundo escalão”. 

“Eu estou alinhadíssimo com o governador Paulo Dantas, mas nunca conversamos sobre cargos. Estou alinhado com ele desde o momento em que, no segundo turno, eu não concordei com alguns rumos da campanha (de Rodrigo Cunha). Dantas e Marcelo (Victor; presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas) me chamaram para conversar e isso ocorreu antes de qualquer acontecimento (polêmico) da eleição e houve o entendimento”, colocou.

Davi Maia diz que nunca houve negociação de cargos. “A única coisa que tenho pedido ao governador é que ajude as minhas bases e todas estão sendo inseridas”, colocou Maia, fazendo referência aos prefeitos que o apoio na disputa pela cadeira de deputado estadual. “São os prefeitos que votaram comigo, como é o caso de Quebrangulo. Tenho buscado ajudar a cidade de Paulo Jacinto com uma questão que envolve o Fecoep. Enfim, estou contruindo pontes para que o governo tenha portas abertas com essas lideranças”, salientou.

O deputado estadual do União Brasil, entretanto, não descarta a possibilidade – caso haja o entendimento e conversas futuras nesse sentido – de participar mais diretamente do governo de Paulo Dantas, mas reforça que nunca foi conversado tal situação com o governador e nem tem sido o motivador de suas decisões.