Com ênfase no crescimento econômico de Alagoas, a nova Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Serviços (SEICS/AL) foi criada pela gestão estadual para atuar na prospecção de novos negócios para Alagoas, com a intenção de expandir o parque industrial alagoano, bem como gerar novos empregos no segmento no estado, apostando na interiorização do desenvolvimento.

A titular da pasta, Caroline Balbino, conversou com o CadaMinuto sobre os desafios da SEICS, o panorama da área em Alagoas e as perspectivas futuras de sua gestão.

 

Confira, abaixo, a entrevista na íntegra:

A Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Serviços (Seics) é uma pasta nova na gestão estadual. Quais são os principais desafios, nesta área, que Alagoas enfrenta?

Integrada à estrutura governamental, a Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Serviços (SEICS/AL) surge para contribuir com a implementação e a realização de ações inovadoras, voltadas ao desenvolvimento econômico do Estado, minimizando as desigualdades regionais e promovendo a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.

Com uma estrutura robusta, a SEICS/AL coordenará ações e fomentará políticas públicas voltadas para a indústria, comércio, serviços, artesanato, cooperativismo, energia e mineração, com excelência técnica continuada, de forma a atender aos requisitos legais e aos anseios de todas as partes interessadas no desenvolvimento socioeconômico de Alagoas.

Os desafios são muitos, em todos os setores em que a pasta atua, mas o objetivo principal é levar desenvolvimento a todos os municípios alagoanos, gerando renda para a população do estado.

 

Qual é o potencial que Alagoas possui na área? Como pretende explorá-lo?

Alagoas possui um potencial enorme em todas as áreas em que a Seics atua – na indústria, vale apostar na consolidação e modernização da política de incentivos do Governo do Estado (PRODESIN) e na prospecção de novas cadeias produtivas. Em 2022, confirmamos a instalação da Mercosul Motores Elétricos, em Coruripe, uma grande empresa que traz para o estado um investimento de R$ 170 milhões, trazendo uma cadeia de indústria que ainda não existia na região Nordeste – então, as perspectivas de atrair fornecedores e novos empreendimentos que atuem nesse ramo é grande.

Iremos trabalhar ainda para aumentar o poder de captação de novos investimentos, estimulando os negócios e as cadeias produtivas já existentes, apostando ainda na dinamização da política de atração de micro e pequenas empresas e na prospecção de novos empreendimentos no que diz respeito à energia renovável.

Com relação ao Cooperativismo em Alagoas, área fundamental para nosso Estado, é fundamental que trabalhemos com propósito de formular, articular e realizar ações para promover o desenvolvimento regional e setorial, por meio da inclusão produtiva e do estímulo ao empreendedorismo, gerando diversificação econômica para a sustentabilidade dos micro e pequenos negócios em Alagoas.

É importante pensarmos em organizar o ambiente local para o aprimoramento do mercado, em conjunto com prefeituras e entidades empresariais, procurando identificar oportunidades de negócios nos municípios.

Temos uma série de projetos sendo construídos em Alagoas voltados para o empreendedorismo local e a economia criativa. Priorizamos o mapeamento das potencialidades de cada região e como desenvolver os municípios alagoanos.

Neste momento, temos avaliado ações que foram exitosas no passado e reestruturado programas de apoio aos micro e pequenos empreendedores, como também um “Observatório Econômico” objetivando aprimorar o entendimento sobre o desenvolvimento econômico de Alagoas e compreender as tendências futuras da economia, para que possamos avançar cada vez mais nessa área.

 

Sua experiência anterior como secretária te ajuda, de alguma maneira, nesse novo desafio?

Com certeza. O serviço público é um desafio, e ter uma experiência como secretária anterior será de grande ajuda. Fui secretária de estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo, uma secretaria que abrangia duas pastas extremamente amplas, e que foram divididas pela nova gestão do Governador Paulo Dantas. Na Sedetur, além de trabalhar com temas extremamente relevantes, focávamos no desenvolvimento de Alagoas como um todo: na indústria, no turismo, no comércio e no cooperativismo. Agora, o desafio vem com uma roupagem mais direcionada, mas estou ansiosa para contribuir ainda mais para o desenvolvimento de Alagoas.

 

Acredita que, com a mudança no governo federal, o cenário para o setor econômico e de empregos em Alagoas irá melhorar?

As perspectivas são positivas. O Governo de Alagoas é um aliado do Governo Federal, e sabemos que o trabalho será intenso e gratificante. Nós estamos vindo de uma gestão que desenvolveu o setor econômico do nosso estado de forma jamais vista – somente em 2022 foram investidos quase R$ 1 bilhão por 18 empresas que receberam incentivos fiscais e locacionais do Estado de Alagoas, através do Prodesin, com a geração de mais de 12 mil empregos diretos e indiretos. Tenho certeza de que, como um aliado do Governo Federal, Alagoas vai se desenvolver ainda mais, gerando emprego, renda e desenvolvimento para a nossa população.

 

À frente da pasta, como planeja levar oportunidades e desenvolvimento para os 102 municípios alagoanos?

Importante entender que o nosso papel, enquanto secretaria de Estado, é levar o desenvolvimento a todos os 102 municípios de Alagoas. Então, posso dizer que as ações que a SEICS coordenará, fomentando políticas públicas voltadas para a indústria, comércio, serviços, artesanato, cooperativismo, energia e mineração, serão voltadas para o desenvolvimento de todo o território alagoano. Há, em especial, uma política de interiorização do desenvolvimento que já está sendo posta em prática, com a chegada de indústrias em municípios do interior, a exemplo da Mercosul, em Coruripe, e do CD na Natura, em Murici. Além disso, há ainda a política de fomento às Cooperativas do nosso Estado, que estão espalhadas pelos 102 municípios e que, com certeza, ganharão protagonismo nessa nova gestão.