A 8ª Vara Criminal de Maceió realiza o julgamento, nesta quarta-feira (16), dos réus Ana Patrícia da Silva Laurentino, Vítor de Oliveira e Wagner Oliveira, acusados de envolvimento na morte de Rhaniel Pedro Laurentino da Silva, de 10 anos. A sessão está prevista para começar às 8h30, no Fórum da Capital.

De acordo com as informações, Ana Patricia e Wagner Oliveira foram presos no dia 29 de novembro de 2021, após conclusão das investigações sobra a morte do menino. O padrasto de Rhaniel, Victor Oliveira, está preso desde junho do mesmo ano, quando a polícia descobriu o envolvimento dele em um caso de estupro contra uma menina de 12 anos, prima de Rhaniel.

Ainda conforme as informações, em maio deste ano, quando o trio foi pronunciado para o júri, a Justiça alegou que, ao que tudo indica, os réus teriam agido de forma articulada, para cometer o crime e para atrapalhar as investigações. Eles teriam combinado versões e tentado mudar o foco da polícia durante a apuração do caso.

O Mês Nacional do Júri chega à terceira semana com 37 julgamentos pautados em Alagoas. De 14 a 18 de novembro, ocorrerão sessões em Maceió, Campo Alegre, Igaci, Matriz de Camaragibe, Santa Luzia do Norte, Taquarana, Viçosa, Arapiraca, Água Branca, Anadia,  Atalaia, Colônia Leopoldina, Maravilha, São José da Laje, Teotônio Vilela, Palmeira dos Índios, Cacimbinhas, Girau do Ponciano, Joaquim Gomes, Piranhas, São José da Tapera, Maribondo, Passo de Camaragibe, Porto Real do Colégio e Traipu

O caso

O menino Rhaniel Pedro Laurentino da Silva, de 10 anos, desapareceu no dia 12 de maio e foi encontrado morto na madrugada do dia seguinte, no bairro Clima Bom, em Maceió. O corpo da criança, encontrado por um morador que passava na região, estava próximo a entulhos, no mesmo bairro onde o garoto havia sumido. 

De acordo com o Instituto de Medicina Legal Estácio de Lima (IML de Maceió), Rhaniel foi vítima de asfixia por aspiração de sangue, em decorrência de ferimentos provocados por instrumento contundente.

Durante o exame de necropsia, a equipe de medicina legal constatou lesões na região craniana e na face da vítima. A análise cadavérica encontrou ainda hematomas na região do tórax e no interior da boca, a qual teria provocado a asfixia que gerou a morte da criança.