Fazer com que o MDB seja uma das forças de sustentação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Lula (PT), neste segundo turno: eis o desafio que o senador alagoano Renan Calheiros (MDB), o mais petista dos emedebistas, assumiu para si.

Calheiros, o comentarista oficial da República, não dá ponto sem nó, evidentemente. 

Para o emedebista, uma vitória de Lula na disputa pela presidência da República significa o retorno de Calheiros como um dos homens mais influentes da República, com indicações, espaços e cargos, que era tudo o que Renan Calheiros tinha antes de ser essa voz “heroica” e “cheia de ideologias” das redes sociais. 

Além disso, Renan Calheiros estaria em uma posição agradável para composições eleitorais futuras envolvendo o MDB e o PT. Por essa razão, ele tem trabalhado para que a maioria dos diretórios regionais da legenda estejam ao lado do petista. Isso já levou Renan Calheiros até a elogiar a senadora Simone Tebet (MDB).

Motivo também pelo qual, Renan Calheiros minimiza apoios conseguidos pelo presidente Jair Bolsonaro, na disputa pela presidência. Bolsonaro ganhou o apoio do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, dentre outros. 

Renan Calheiros agora divide o mundo entre “nós e eles”. Claro, na perspectiva de Renan Calheiros, os bons são os que estão do lado dele.