Nos bastidores políticos da Assembleia Legislativa, o nome do deputado estadual Bruno Toledo (MDB) tem despontado como sendo o possível futuro presidente da Casa de Tavares Bastos. 

O nome de Toledo é defendido, por algumas fontes, por ser um articulador importante junto a maioria dos pares, por sempre buscar a pacificação do parlamento em momentos conturbados e por, nas eleições de 2022, ter cumprido um importante papel junto ao MDB para que o partido conseguisse fazer a maior bancada (o “ninho emedebista elegeu 14 parlamentares).

Toledo fez isso como um “neo-emedebista” que, durante muito tempo, esteve na oposição ao ex-governador Renan Filho (MDB). 

Além disso, Bruno Toledo é um nome da total confiança do atual presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Victor (MDB). Se ocorrer do governador-tampão Paulo Dantas (MDB) ganhar o governo de Alagoas, na disputa contra o senador Rodrigo Cunha (União Brasil), o nome de Toledo se fortalece ainda mais. 

Porém, em entrevista a este jornalista, o deputado estadual Bruno Toledo diz que as informações que circulam pelos bastidores e que dão conta de sua eleição para a presidência da Casa na próxima legislatura “são apenas boatos”. 

“Não estou discutindo o assunto”, diz Toledo. 

Ele, Bruno Toledo, afirma ainda que tem trabalhado diante da possibilidade, que será discutida juridicamente, do deputado estadual concorrer mais uma vez à presidência da Casa de Tavares Bastos. “Se o Marcelo puder ser o candidato. Ele é o meu candidato. Eu estou trabalhando para isso”, pontuou o emedebista.

Todavia, entra aí uma discussão jurídica, já que Marcelo Victor já acumula duas presidências consecutivas. Ou seja: seria uma segunda reeleição. Mas, há quem entenda que pelo fato de ser outra legislatura, esta conta de “segunda reeleição” não poderia ser feita.

Indaguei a Bruno Toledo o que ocorreria se Marcelo Victor não fosse candidato por impossibilidade jurídica. Ainda assim, mesmo diante das diversas fontes que confirmam Toledo como provável presidente, ele diz que “nasce uma outra conjuntura” e que diante dessa realidade o grupo político do qual faz parte “analisaria o caso”. 

Toledo mantém a cautela, mesmo com seu nome sendo amplamente ventilado. Faz parte. Afinal, quem primeiro aparece, primeiro também pode ser queimado.

Na política, acendedores de fogueira não faltam, inclusive especialistas em “fogo amigo”.