As eleições de 2016 e 2020 para vereador em Maceió, pode servir como parâmetro para o entendimento da causa da diminuição de votos em 2022 para deputado federal em Alagoas.

  Um fato a ser destacado na eleição de 2016 foi a existência das coligações partidárias que dava a oportunidade dos partidos se juntarem e,  como consequência, diminuírem o número de candidatos que disputariam o pleito naquela eleição. Já na eleição de 2020, com o fim das coligações, cada partido foi obrigado a formar individualmente a sua chapa, o que aumentou significativamente o número de candidatos naquele pleito. Assim, enquanto na eleição de 2016 para vereador de Maceió, houve 219 candidatos disputando uma vaga para a Casa de Mario Guimarães, na eleição de 2020 esse número aumentou substancialmente para 548 candidatos, trazendo, como consequência, a diminuição da votação de todos os candidatos, inclusive dos reeleitos. Dessa maneira, uma situação que exemplifica tudo isso, é a comparação do número de votos  dos dois vereadores mais bem posicionados nessas duas eleições. Enquanto o vereador Lobão foi o mais votado em 2016 com 24.969 votos, o mais votado em 2020 foi o delegado Fábio Costa com 12.038 votos.

  Nesse sentido,  as eleições de 2018 e 2022 para deputado federal, tem uma situação muito semelhante às eleições de 2016 e 2020 para vereador em Maceió. Se na eleição de 2018, por causa das coligações, somente 79 candidatos disputaram o pleito para câmara federal, na eleição de 2022, sem as coligações, esse número aumentou significativamente para mais de 170 candidatos.

  Resumido a ópera, todos os  candidatos que irão disputar uma vaga para deputado federal na eleição de 2022, certamente terão uma votação menor  que a do pleito de 2018. Convém salientar que  será muito difícil para o  candidato mais votado como deputado federal no pleito de 2022 atingir a marca de quase 180 mil votos conquistado por JHC, na eleição de 2018.