Os cálculos são feitos pelos próprios parlamentares – ou potenciais deputados -, alguns sem qualquer constrangimento.

Para se eleger (ou reeleger) o candidato de reduto irá precisar de R$ 3 milhões a R$ 5 milhões, no período que vai de 15 a 25 de setembro.

Tudo é calculado detalhadamente: nos dez dias mencionados, os redutos eleitorais (repito: trato aqui dos candidatos que dependem de redutos e não dos votos espontâneos) precisam ser confirmados, e na língua dos homens a palavra mais expressiva é dinheiro.

Na observação de um conhecido personagem, experiente de tantas campanhas, de meados ao fim de setembro (se possível até o dia 25) os comitês vão operar suas movimentações financeiras.

E há maiores dificuldades neste momento, principalmente após a prisão de alguns empresários robustos, recentemente. 

Mesmo as “doações oficiais” sofreram um refluxo, com o temor de que se tornem a visível ponta do fio da meada. Quem tem grana no cofre vai se dar bem. O caminho é superfaturar contrato com os prestadores de serviços para ficar com sobra do dinheiro, sempre muito expressiva. 

No momento de decidir a sobrevivência política, que em alguns casos se confunde com a sobrevivência física, entra em campo o vale-tudo (seja lá o que isso possa significar).