Toda eleição reserva uma boa surpresa ao eleitor, um nome que chama a atenção pela capacidade demonstrada - e não pelos apelos midiáticos.
Quem assistiu aos dois debates entre os candidatos a governador, em Arapiraca e em Maceió, pôde constatar que o Professor Cícero Albuquerque, nome da federação PSOL/REDE ao Palácio República dos Palmares, supera os seus oponentes com facilidade.
Como se não bastasse o fato de fazer as melhores avaliações sobre a nossa realidade, apresentar a argumentação mais precisa e clara no embate com os adversários, o docente da UFAL tem revelado um humor sutil e inteligente, fora da gaiatice.
Eis uma questão central e fundamental: o Professor Cícero Albuquerque ainda é pouco lembrado nas pesquisas eleitorais ao governo do Estado.
A nossa realidade histórica tem se mantido: eleição é emoção; a razão fica em segundo plano, surgindo quando das cobranças futuras aos vencedores.
Isso explica muito do que somos como povo, ainda que a presença de pessoas capacitadas na atividade política, como o candidato do PSOL ao governo, nos deixe sempre a expectativa de que um dia eleição deixará de ser apenas um concurso de popularidade.
Que apareçam novos e persistentes virtuosos, num ambiente sempre tão desacreditado.
