O PIB de Alagoas fez a festa na orla de Maceió
É uma pena que o 7 de setembro não tenha o apelo popular que merece. A data é muito mais para nós, os brasileiros, do que simplesmente o “grito do Ipiranga”.
O fato de ter se tornado ao longo dos anos, quase que exclusivamente, um desfile militar ofusca o mérito do homem comum de ter participado, decisivamente, da nossa independência em relação a Portugal - como se comemora nos EUA . Exemplos como o da “Batalha do Jenipapo” (Piauí, 13 de março de 1823) e do “2 de julho de 1823” (que começou em fevereiro de 1822), na Bahia, são episódios nem sempre lembrados como deveriam na historiografia nacional.
Nos tempos em que vivemos, lamentavelmente, a data foi pretensamente sequestrada por “manifestantes patriotas”, que muitas vezes têm vergonha do povo brasileiro - de quem se dizem os verdadeiros representantes, la crème de la crème.
A presença de tratores modernos no desfile, símbolo de poder do agronegócio, confirma o perfil do bolsonarismo por aqui: opção política da nossa elite econômica, principalmente (ainda que não só dela).
Os integrantes dessa parcela privilegiada da sociedade alagoana têm o direito, é verdade, de escolher quem quiser para votar, desde que não sejam golpistas e respeitem os que majoritariamente hoje estão do outro lado.
Esta semana, publicamos aqui que os bolsonaristas são 29% dos alagoanos, segundo o confiável IPEC, e alguns internautas protestaram sob o argumento de que há mais carros em Maceió com adesivos do presidente do que dos demais candidatos.
E é verdade.
Só que, no segundo estado mais pobre do Brasil, é natural que a maioria dos veículos pertença a quem tem mais capital.
Simples assim.
Cá para nós: o 7 de setembro há de pertencer a todos os brasileiros.
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