Quem imagina quem o senador Collor vai mudar o seu estilo de campanha agressivo, depois do episódio com Rodrigo Cunha, no debate de Arapiraca, é bom tirar o cavalinho da chuva.

O ex-presidente construiu a sua longeva carreira política fazendo exatamente o que faz agora. Ou seja: vai assim até o fim.

Um episódio interessante, da campanha de 2010, quando ele enfrentou – e perdeu – de Téo Vilela ao governo: em um comício no Sertão, ele disse que seu adversário era o “maior bandido que existe no estado de Alagoas”.

De temperamento ameno, Vilela resolveu engrossar – mais ou menos - num debate na TV Pajuçara.

Collor, no intervalo, cobrou: 

 - Téo, você está batendo muito em mim.

O ex-governador justificou: 

- Você disse que eu sou o maior bandido de Alagoas.

Sereno, Collor sugeriu: 

- Diga que sou eu.

Ou seja: para o ex-presidente, tudo não passa de um grande teatro. Claro: ele é quem deve ser o mocinho “durão”.