A cúpula da campanha do MDB sabia que nadava num oceano irreal, em que Paulo Dantas singrava em direção a uma vitória tranquila (que até pode acontecer), em que a travessia se dava em águas calmas e serenas.
Mas eles, os comandantes da campanha, alimentavam seu exército com a ilusão - e não com um “erro” freudiano, que qualquer um pode cometer.
A pesquisa do Instituto Ipec veio como um freio de arrumação no andar da fantasia que estava sendo construída, e até que durou. Os números mostram - veja neste blog - números abaixo dos 30% esperados para quem é candidato ao governo estando no poder.
Não por acaso, os principais nomes da campanha de Dantas – com destaque para o senador Renan e Marcelo Victor, seu novo siamês – apontaram, já hoje, para a necessidade de mudança dos rumos da campanha.
Detalhe: faltando um mês para o dia da votação no primeiro turno.
Como os dois, cada um ao seu modo, são profissionais, podemos esperar novidades nos próximos dias (que já seriam definidas hoje).
Detalhe: eles já sabem que Dantas não é Renan Filho e Renan Filho não é Dantas. O ex-governador está praticamente eleito ao Senado, precisando apenas não escorregar em alguma casca de banana.
O outro ainda vai ter de remar bastante para atravessar o rio caudaloso e de correntes conflitantes e perigosas.
Até porque não há lagos plácidos a se navegar numa campanha eleitoral.