A última ação que me incomodou, por abusiva, no Guia Eleitoral em Alagoas foi veiculada na campanha de 2014, ao governo do Estado.
Então, a coligação de Biu de Lira, que disputava o governo do Estado, veiculou uma peça desprezível, abjeta, com acusações ao seu adversário, Renan Filho.
Nem vale a pena lembrar o conteúdo do que foi ar, depositado, creio, no lixo das campanhas eleitorais pós-ditadura militar.
Imaginando-se o que vem pela frente, o que já está demonstrado por antecipação, há de se perguntar: o que é abusivo, que não se enquadra nas regras do jogo político, podendo ser considerado crime para além da legislação eleitoral?
Confesso que não gosto do Guia Eleitoral, e só assisto por obrigação profissional.
Porque não creio que nas peças televisas o eleitor ganhe algum conteúdo político. Mas entendo que enquanto não encontrarmos um caminho ainda mais democrático e revelador da alma dos personagens envolvidos nesse grande teatro, o modelo atual deve sobreviver.
Respondendo à pergunta posta lá em cima: tudo o que o candidato ou candidata fez - ou disse - na sua inserção na sociedade, suas relações e reações, pode sim ser exposto ao público e discutido.
Embora não considere agradável o tom belicoso de alguns debates, ainda assim, entendo que todos – inclusive nós, os eleitores – somos escravos do que fizemos ou dissemos.
Numa metáfora: se pecados veniais ou mortais, o eleitor que faça o julgamento.