O pedido de impugnação da candidatura de Paulo Dantas, apresentado pela coligação de Rodrigo Cunha, ao TRE, ontem, vai parar em Brasília - já é a expectativa geral.
O motivo do pedido: o uso por Dantas de um helicóptero da Secretaria de Segurança Pública para uma atividade de campanha – esta é a acusação - no Sertão de Alagoas.
A questão se tornou pública através das redes sociais vibrantes de uma candidata a deputada federal pelo MDB (é vereadora em Mata Grande), Lais Brandão, passageira convidada, que não se conteve e espalhou para o mundo o feito.
De novo: como as pessoas se infantilizam nas redes sociais, tudo para criar personagens ficcionais delas próprias.
Se isso é crime eleitoral, abuso de poder político, ou simplesmente um direito a mais para quem tem poder e quer usufrui-lo até a última gota, quem há dizer são os julgadores da ação.
Não confundir, entretanto, com a “letra fria da lei” – isso é uma abstração ou assombração, a depender do ângulo em que você está.
Como a hermenêutica no Brasil, em todas as áreas do direito, é larga demais, qualquer decisão pode sair pela porta do TRE.
Seguramente, no entanto, vai viajar para o Planalto Central, onde se decide o bem e o mal (seja favorável a Dantas, seja o contrário).
É o que nos ensina a nossa experiência na matéria etérea.