Uma boa estrutura de campanha é muito importante e, se no passado era determinante para a  vitória de um candidato, hoje não é mais. Desse modo, a eleição de 2006 em Alagoas foi um exemplo representativo dessa situação, pois Ronaldo Lessa, que era governador do Estado e candidato ao senado da República, além de ter a máquina generosa do Estado a seu favor, em todas as pesquisas de intenções de voto, apresentava um desempenho extremamente favorável em relação aos seus principais concorrentes. Assim, Lessa, diante dessa situação tão confortável, já era apontado pelo meio político e pela grande mídia como o vitorioso do pleito, quando um fato inusitado aconteceu naquela eleição, com a entrada de Fernando Collor para concorrer à única vaga para o senado. Com uma capanha praticamente sem tempo no guia eleitoral, sem estrutura política e sem nenhum grupo político que o apoiasse, Collor, em 28 dias de campanha, sagrou-se o vencedor daquele pleito.

  Nesse contexto, convém afirmar que a eleição de 2022 para o senado ainda não está definida, pois apesar de o ex-governador Renan Filho ser o grande favorito em todas as pesquisas de intenções de voto divulgadas até agora, vale destacar, que na pesquisa espontânea em que não se apresentam os nomes dos candidatos, mais de 60% do eleitorado ainda não sabem em quem votarão para o senado. Convém lembrar que o principal adversário de Renan Filho, Davi Davino, já demonstrou que pode surpreender, quando na eleição de 2020, ao disputar o cargo de prefeito de Maceió, de início apresentou um tímido resultado com 5% de intenções de voto, ao realizar um marketing inteligente no guia eleitoral, quase chegou no segundo turno.

  Por tudo isso, vale ressaltar, que apesar de Renan Filho ser o franco favorito para ganhar à única vaga para o senado, somente poderemos apontar o vitorioso do pleito, quando o resultado for proclamado.