O senador Fernando Collor mantém o mesmo patamar de intenções de voto desde julho, quando as pesquisas passaram a medir a sua presença na disputa – pouco mais de 22,5%.

Há de se considerar que os demais candidatos também estão estacionados. Paulo Dantas, que lidera até agora, parou nos 25%, o que mostra uma corrida eleitoral embolada (considerando que Cunha aparece com mais de 18,5%, Rui com quase 14%).

A questão é: sabe-se que Collor tem um piso alto, mas seu teto não lhe permitiria sonhar mais alto?

O ex-presidente saiu da disputa ao Senado, a de sua preferência, por não ver chance de vencer o ex-governador Renan Filho, disparado na briga pela cadeira que elle ocupa, ainda hoje.

A aposta na viabilidade eleitoral do governo do Estado, com quatro candidatos, está claro, é na chegada ao segundo turno, o que vai depender muito do eleitorado bolsonarista local – que ainda é significativo, principalmente em Maceió.

Se conseguir, aí ele terá de se reinventar, já que carrega a maior rejeição. 

É muito visível a quantidade de carros com adesivos da dupla Collor/Bolsonaro. E é de uma turma que faz parte da elite econômica de Alagoas, que não é exatamente numerosa, mas faz barulho na atual quadra da vida política local.

O passado do senador, inclusive como presidente da República, já é amplamente conhecido e, provavelmente, já fez os estragos possíveis na sua imagem.

A novidade este ano, e já tratamos aqui, será o Collor empresário: a OAM está em recuperação judicial; os credores trabalhistas vivem o desespero e a desesperança (são 291), o que deve ser amplamente divulgado no guia eleitoral.

Que efeito isso terá no eleitorado?

Vai depender muito daquilo que for divulgado sobre os seus adversários.

Essa não será uma campanha eleitoral para menores de idade. 

Afinal, todos raciocinam por comparação.