O ex-secretário de Segurança Pública do Estado de Alagoas, Alfredo Gaspar de Mendonça – que já pertenceu aos quadros do MDB – falou, em um vídeo divulgado nas redes do senador e pré-candidato ao governo Rodrigo Cunha (União Brasil), sobre o motivo pelo qual deixou o “ninho emedebista” e foi para o União Brasil. 

Bem, esse é o motivo alegado por Alfredo Gaspar de Mendonça, que – conforme ele mesmo – são maiores que aqueles mais comuns a quem busca novas siglas: a matemática fisiológica eleitoral na busca pelas condições de elegibilidade. 

Gaspar de Mendonça diz que deixou o antigo partido por não ter aceitado a aliança entre o ex-governador Renan Filho (MDB) e o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Victor (MDB), que resultou na indicação do ex-deputado estadual Paulo Dantas (MDB) para o cargo de governador-tampão e, consequentemente, à reeleição direta neste ano. 

O ex-secretário disse que escolheu apoiar Rodrigo Cunha por conhecer o passado do senador, mas “principalmente” em razão “das escolhas feitas pelo grupo (político) do qual fazia parte”. “Eu não aceitei permanecer na direção de apoiar um candidato da Assembleia”, frisou.

Bem, parece que somente agora Alfredo Gaspar de Mendonça percebeu o fisiologismo do MDB e que alguns valores dos principais caciques daquele partido vão de encontro ao que ele prega? Que surpresa, não é mesmo? Quem poderia imaginar... 

Se a razão é a negação da “velha política”, no grupo do qual Alfredo Gaspar agora faz parte também tem seus “pesos pesados” nesse sentido, é só procurar que acha, que o diga o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas), que deve ser da nova política, né? Vai saber os critérios...

Uma outra pergunta interessante a ser feita: o apoio de Alfredo Gaspar a Rodrigo Cunha se estenderá a todos os demais candidatos majoritários do grupo? Em quem Alfredo Gaspar votará para o Senado Federal? Em Renan Filho ou em um nome oriundo da Assembleia Legislativa: o deputado estadual Davi Davino Filho (Progressistas). Ou, na visão de Gaspar de Mendonça, Davi Davino tem um jeito diferente de ser da Assembleia...