Nenhuma instituição é imune às pressões políticas, internas e externas, o que inclui o Tribunal de Justiça.

Quais as forças, no momento, que atuam na definição da futura lista tríplice de onde sairá o futuro desembargador?

Evidentemente, os próprios desembargadores têm suas simpatias entre os nomes que vão  chegar à corte, incluindo duas advogadas – uma novidade.

Fábio Ferrario, o mais votado pelos advogados na eleição direta da categoria, é também um dos favoritos entre os próprios desembargadores (cada um pode votar três vezes).

Conta também com o apoio – o que é importante – das principais lideranças políticas de Alagoas, aqui e em Brasília: Arthur Lira, Renan Calheiros, Fernando Collor e Marcelo Victor. Ferrario já advogou - ou advogava – para todos eles, o que não é pouco.

Outro nome influente dentro do Tribunal de Justiça de Alagoas é o do ministro Humberto Martins, presidente do STJ, e que tem inegável simpatia por dois dos seis advogados eleitos na lista sêxtupla da OAB: Eduardo Lopes, defensor público, e Alberto Maia, que foi seu assessor quando ele era desembargador do TJ.

Que fique claro: a lista não está fechada, e os desembargadores podem apresentar alguma surpresa, escolhendo um nome que não esteja entre os favoritos.

Sabe-se, por exemplo, que a desembargadora Elisabeth Carvalho gostaria de contar com a presença de outra mulher no pleno do TJ. Daí a fazer “campanha” é outra história.

É um jogo mais de sutilezas do que força, mas já está sendo jogado com a discrição que o tema exige.