Até a semana passada, praticamente não havia nenhuma pesquisa eleitoral em Alagoas, para o pleito de 2022. Como tudo na terra dos Marechais é oito ou oitenta, nesses últimos dias as redes sociais e a mídia tradicional receberam uma overdose de pesquisas.

  Em todas as cinco pesquisas que foram registradas e divulgadas até o dia 7 de julho para o governo, senado e presidente, os números apresentados em todas elas são bem semelhantes. Com Paulo Dantas em primeiro lugar para o governo, Renan Filho praticamente consolida a sua eleição para o senado. As pesquisas também confirmam uma situação muito confortável para o ex-presidente Lula em Alagoas.

  Sendo assim, é muito provável que Paulo Dantas esteja no segundo turno para o governo do Estado, pois além de ser o único candidato da situação, tem a convergência da maioria das forças políticas em seu favor e o domínio da generosa máquina do Estado, o apoio do ex-presidente Lula e, acima de tudo, o legado do governo de Renan Filho.

  Desse modo, se a oposição está dividida com três pré-candidatos para a disputa do governo do Estado, quem terá mais musculatura política para disputar o segundo turno com Dantas?

  Dessa maneira, caso Collor, que já é o segundo colocado nas pesquisas, consiga conquistar a maioria dos eleitores do presidente Bolsonaro, isso o favorecerá para ser o adversário de Paulo Dantas no segundo turno. No entanto, Rodrigo Cunha apresenta uma estrutura política infinitamente superior a de Collor de Mellor  e, mesmo que estejam tecnicamente empatados nas intenções de voto, provavelmente no decorrer da campanha, Cunha consiga consolidar o segundo lugar e seja o adversário de Paulo Dantas no segundo turno. Já o pré-candidato Rui Palmeira, pelos números apresentados nessas últimas pesquisas, começa a passar por um processo de desidratação, demonstrando que terá muita dificuldade para continuar no pilotão da frente.

  Por tudo isso, é muito importante aguardar uma nova rodada de pesquisas, para verificar como estarão situados os pré-candidatos ao governo do Estado. Vale ressaltar que pesquisa é a fotografia do momento e que um fato imprevisível poderá mudar o cenário da disputa eleitoral.