As recentes pesquisas eleitorais registradas em Alagoas, incluindo a do Ibrape, que foi divulgada em parceria com o Portal CadaMinuto, mostram uma mudança de cenário na disputa pelo governo do Estado, ainda que haja alguma discrepância entre os números. Em alguns institutos, a briga aparece mais acirrada que em outros. 

Todavia, em todos os casos, a ordem dos pré-candidatos é a mesma: o governador-tampão Paulo Dantas (MDB) assumiu a primeira posição, o senador Fernando Collor de Mello (PTB) é o segundo colocado, o senador Rodrigo Cunha (União Brasil) é o terceiro, e o ex-prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSD) é o quarto. Os demais ficam na casa de 1%. 

Isso mostra a movimentação após os pré-candidatos intensificarem suas agendas políticas. Dantas parece ter tido o bônus da máquina pública que comanda e não ter sentido o ônus de ser o candidato de um poder mal avaliado junto à população: o Legislativo. 

Cunha, que já figurou como favorito, aparentemente perdeu com a entrada de Collor na disputa. Rui Palmeira foi o que mais despencou nos números.

Em levantamentos anteriores, Rodrigo Cunha já chegou a ser líder, assim como ocorreu com Rui Palmeira. Não é segredo, portanto, que os atuais números geraram comemoração no Palácio República dos Palmares, uma vez que Dantas demonstra crescimento e ainda tem uma rejeição baixa. 

Comentei, em postagens passadas, que, diante desse quadro, as pesquisas acabaram por acender um “sinal de alerta” nas demais pré-campanhas, ainda mais diante do “fator Collor”, que foi a entrada do petebista na disputa. 

Porém, diante do grande número de indecisos registrados em todos os levantamentos, o cenário ainda se encontra aberto e há muita água para passar por baixo dessa ponte. 

Tentei ouvir os pré-candidatos sobre como eles enxergavam os números das mais recentes pesquisas eleitorais, sobretudo aqueles que tiveram queda nesses levantamentos. Por meio de assessoria de imprensa, o senador Rodrigo Cunha informou que não se pronunciaria sobre os resultados divulgados pelos institutos. Cunha, portanto, optou por silenciar quanto a esse assunto. 

Já Rui Palmeira (PSD) demonstrou seu ponto de vista de forma minuciosa e procurou minimizar esses resultados atuais como sendo “retrato do momento”. “Pesquisas podem ser retratos momentâneos, que a depender do contexto e recorte geográfico colocam uma ou outra candidatura mais à frente. A experiência que tive como prefeito de Maceió me permitiu compreender com serenidade esses movimentos eleitorais, que são próprios da disputa e exigem equilíbrio e preparo do candidato”, coloca Palmeira. 

O ex-prefeito lembrou que já foram divulgados números que o colocaram empatado na liderança. “Nem por isso mudamos o rumo. Ainda faltam praticamente três meses para a eleição. Nossa campanha não celebra, nem se frusta com resultado de pesquisa. Seguiremos correndo o Estado, ouvindo o povo de Alagoas, conversando com lideranças, trabalhadores e empresários, construindo um projeto com propostas que refletem as necessidades e sonhos da nossa gente. Até mesmo em pesquisas encomendadas por adversários estamos pontuando de forma significativa. Sinais que me motivam a seguir, porque Alagoas precisa seguir em frente, com um governador experiente e preparado a partir de 2023.”, concluiu Rui Palmeira.

O blog tentou ouvir a posição do senador Fernando Collor de Mello, mas não obteve resposta. Consegui contato com a assessoria de Dantas agora pela manhã. Assim que o governador comentar o assunto, sua fala estará no blog.