Na briga para se manter vice de Cunha, Jó Pereira recebe apoios de JHC e Davi Davino Filho

20/06/2022 11:25 - Blog do Vilar
Por Lula Vilar
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A deputada estadual Jó Pereira (PSDB) tem enfrentado um entrave para consolidar seu próprio nome na disputa majoritária ao lado do senador e pré-candidato ao governo do Estado de Alagoas, Rodrigo Cunha (União Brasil).

 

Quem acompanha os bastidores (já não tão bastidores assim) da política alagoana sabe que o entrave de Pereira é o próprio partido: o “ninho tucano”. 

 

O PSDB – que formou uma federação com o Cidadania – está preparado para pular do barco de Rodrigo Cunha e se aliar ao MDB do senador Renan Calheiros, ex-governador Renan Filho e do governador-tampão, Paulo Dantas.

 

As negociações com os tucanos estão em andamento. O próprio Cidadania insiste em ter pré-candidato ao governo: Régis Cavalcante. Mas quem é o Cidadania nessa confusão? Só um detalhe... O PSDB define seu próprio rumo sem pedir licença... Hoje: tais rumos são totalmente desfavoráveis à Jó Pereira.

 

Recentemente, Jó Pereira gravou um vídeo e publicou em suas redes oficiais. Nele, a parlamentar tenta passar serenidade e diz que segue na condição de pré-candidata a vice na chapa de Rodrigo Cunha, inclusive com elogios a história do PSDB. 

 

Pereira fez questão de ignorar mais recentes falas do deputado federal Pedro Vilela (PSDB), que tem conduzido o rumo dos tucanos no pleito eleitoral. Um erro, pois traz ao ar uma gravação descontextualizada como se a definição do quadro dependesse apenas de diálogos, o que não é verdade. 

 

Os elogios de Jó Pereira – em vídeo – ao tucanato e à “coerência” da história do PSDB não servem de absolutamente nada! É só uma tentativa pueril de criar uma narrativa com a história de um partido, mas ninguém em sã consciência se importa com essa história, ainda mais sabendo que o que define a briga mesmo é o fisiologismo. 

 

O PSDB rasga a história que tiver para tentar sobreviver... É fato!

 

Pedro Vilela e o maior aliado político de Jó Pereira, o deputado federal Arthur Lira (Progressistas), já até “trocaram farpas” nas redes sociais por conta de um suposto acordo não comprido entre Lira e o “ninho tucano”. 

 

Se o grupo de Lira e Jó Pereira terão força para reverter a atuação situação e firmar a aliança entre o União Brasil e o PSDB em Alagoas, é algo que só o futuro dirá. O fato é que não é uma situação fácil, ainda mais depois da aliança nacional entre o PSDB e o MDB que fez com que o presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, afirmasse que não queria acordos entre a sigla que comanda em os tucanos nas federações do país. 

 

Porém, não é apenas Pereira que segue defendendo que o PSDB esteja na aliança majoritária capitaneada pelo União Brasil em Alagoas. O próprio senador Rodrigo Cunha hipotecou apoio a deputada estadual. “Seguremos juntos, firmes e na luta por uma Alagoas que merece muito mais. Vamos em frente, minha amiga”, diz Cunha. 

 

O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC (PSB), que também é aliado de Rodrigo Cunha, fez questão de comentar na postagem de Jó Pereira: “Você sabe a força que tem e a leva em cada batalha. Siga firme! Forte abraço”.

 

O apoio também veio do deputado estadual Davi Davino Filho (Progressistas), que é o pré-candidato ao Senado Federal do grupo. “Infelizmente essa é a política do atraso que os Calheiros querem perpetuar em nosso estado. Parabéns, deputada Jó. Estamos juntos nessa luta pela libertação de Alagoas”, comenta o parlamentar.

 

O problema é conseguir fazer com que mensagens de apoio se traduzam em ações efetivas e práticas. Caso essas não ocorram, Jó Pereira será só um nome dentro do PSDB sem condições de bater o martelo sobre o seu próprio destino...

 

Hoje, Jó Pereira é fundamental à candidatura de Rodrigo Cunha pelo que ela agrega. Todos ao lado de Rodrigo Cunha sabem disso, mas os emedebistas também sabem. E aí, pelo que Jó Pereira fez em sua trajetória política, quando esteve no MDB, o grupo liderado por Renan Filho e Renan Pai trabalham para matar dois coelhos com uma cajadada: se vingar da opositora que tiveram dentro de “casa” e desarticular parte da campanha de um dos rivais políticos. 

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