Os líderes políticos que têm responsabilidade e respeito à vida humana estão obrigados a agir preventivamente, em Alagoas, para evitar desdobramentos na disputa eleitoral deste ano de que poderemos nos arrepender no futuro próximo.

Alguns dos personagens envolvidos no embate - cada vez mais agudo - carregam no currículo histórias que assustam, e ainda que sejam fartamente conhecidas, nunca tiveram um desfecho convincente na Justiça.

É difícil, por esses tempos e nas circunstâncias em que vivemos, acreditar que as nossas instituições não estão taminadas politicamente. O que só aumenta a obrigação civilizadora dos que podem agir antes de reagir.

Nelas há muitos homens e mulheres responsáveis, decentes e respeitáveis, acho até que majoritariamente, o que nem sempre é suficiente para impedir que o mal vença – ainda que momentaneamente. 

Estamos falando da briga pelo poder, que em Alagoas já deixou um imenso rastro de sangue, que não podemos simplesmente ignorar e desdenhar, principalmente em um momento de entorpecimento da sociedade, em geral. É daí que brota a barbárie. 

Esse passado, ninguém que o conheça e carregue empatia e respeito à vida humana, quer ver de volta - creio.

Quem, entre os nossos maiores líderes políticos atuais, não fizer a leitura correta do ambiente e de suas ações estará se candidatando a cúmplice do que pode acontecer. 

Optemos, então, pela frase de Paulo VI (em detrimento da outra): “Se queres a paz, trabalha pela justiça”.

Juízo e serenidade podem ser o caminho mais simples e seguro para todos nós - e bem mais útil que um sorriso congelado.