O engenheiro Clécio Falcão não é mais o presidente da Casal.
O governador-tampão resolveu substituí-lo por Luiz Neto, outro funcionário da própria companhia, que hoje é tão somente a fornecedora de água para a BRK (outra diretoria também foi mudada).
E este é um dos problemas enfrentados pela empresa, que receberia pelo litro do líquido um preço menor do que gasta para produzi-lo, segundo disse ao blog um experiente profissional do setor, que vem acompanhando os desdobramentos da concessão dos serviços de água e esgoto que eram administrados pela empresa estatal.
O substituto de Clécio Falcão é uma indicação do secretário da Fazenda, George Santoro, de acordo com um importante governista. Luiz Neto participou com ele de todo o processo que resultou no leilão bilionário vencido pela BRK.
Coincidência ou não, a mudança ocorre em meio à discussão sobre a partilha dos R$ 2 bilhões pagos pela BRK – o tom do bate-boca na Assembleia continua subindo.
A Casal, disse outro governista, deveria receber como compensação pela perda dos serviços algo em torno de R$ 400 milhões, só que parte da grana não chegou aos cofres da empresa.
Se este fato tem alguma relação com a saída de Clécio Falcão, que vinha tentando organizar a empresa, não sei. Mas sei que ele foi exonerado em meio ao tiroteio entre governo e Assembleia, na guerra que vale R$ 1 bilhão, pelo menos.
O outro lado
O blog tentou contato com o secretário Santoro por mais de uma vez, mas não teve retorno.