O médico José (Zé) Wanderley, todos devem saber, é o vice de Paulo Dantas, o que terminou sendo uma saída interessante para um tampão sem laços com uma faixa de eleitores mais exigentes.

Mas ele é, também, uma esperança entre os governistas da Assembleia para a eleição de deputado estadual.

Explico: Zé Wanderley pode, legalmente, ser candidato a  qualquer coisa, desde que não assuma a principal cadeira do Palácio República dos Palmares. Neste caso, as possibilidades seriam bastante restritas (reeleição).

A imensa bancada do MDB na Casa de Tavares Bastos torce para que Paulo Dantas encontre outro vice, na disputa pelo voto do eleitor, para que o conhecido cardiologista possa, ainda, disputar uma vaga de estadual.

A estimativa é de que ele teria (ou terá?) 30 mil votos e estaria no bolo dos prováveis eleitos - no mínimo, disputando.

Quantos seriam os governistas consagrados pelo eleitor - nas contas deles?

De treze a catorze deputados estaduais, juntando a votação de Zé Wanderley.

No total - o cálculo é do grupo de parlamentares victorianos -, eles alcançariam 680 mil votos, uma média de pouco mais 48 mil votos para cada um dos “escolhidos” pelo eleitorado de Alagoas. A maioria, por óbvio, de redutos interioranos.

Além do mais, é a avaliação do grupo, Zé Wanderley atrairia um eleitorado a que os emedebistas da Assembleia – em regra – não têm acesso ou aceitação. Falo dos “formadores de opinião”, ou o que restou deles.

Quem seria, então, o vice do atual governador-tampão, na disputa de 2 de outubro?

Um candidato de outro partido, desde que tenha perfil semelhante ao atual vice.

(Quem? Quem?)