Em meio aos desabrigados, prefeito se nega a participar de live com Paulo Dantas: “Quero ação e não quero conversa”

25/05/2022 17:18 - Ricardo Mota
Por redação
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O clima esquentou no grupo de WhatsApp da AMA, Associação dos Municípios Alagoanos, notadamente entre os prefeitos que integram a Região Metropolitana de Maceió.

Em meio às chuvas que castigam boa parte do estado de Alagoas, o governador Paulo Dantas convocou – para esta tarde - uma live para discutir as medidas emergenciais de atendimento aos desabrigados. 

Só que, ainda pela manhã, a CCJ da Casa de Tavares Bastos aprovou o projeto do Palácio República dos Palmares mudando a composição da Assembleia Metropolitana - que vai decidir sobre a divisão de R$ 1 bilhão da BRK, dinheiro que foi bloqueado pelo STF.

Na prática, avaliam alguns dos prefeitos envolvidos na partilha, vai caber ao Palácio dizer como será gasto o dinheiro.

“Quero ação e não quero conversa”, protestou o prefeito Marcio Lima, de Santa Luzia do Norte, em meio ao atendimento a moradores do município, que integra a Região Metropolitana.

Depois de afirmar que não iria participar da live com Dantas, ele completou:

- Se ele quiser que venha a Santa Luzia para ajudar as pessoas que estão com suas casas e ruas alagadas.

É um desabafo, admitiu o prefeito Márcio Lima, mas justificou:

“Eu não vou conseguir pagar a folha no dia 30 com tantas pessoas no estado de emergência. Terei de escolher ou ajudar com feira, aluguel social, abrigo e refeições”.

Sobre a divisão do dinheiro da BRK, o prefeito de Santa Luzia foi enfático:

- Eu não quero esmola, quero o que é meu.

Mais sereno, o prefeito Renato Filho, do Pilar, defendeu que a Assembleia e o governador marquem “uma reunião presencial de emergência com os 13 municípios (da Região Metropolitana), de forma civilizada, para que possamos esgotar o diálogo”.

Alagoas não precisa de mais este embate, principalmente no meio de mais uma tragédia.

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