O governador-tampão Paulo Dantas já fez chegar aos movimentos sociais que o coronel Do Valle fica à frente do Comando do Policiamento da Capital pelo menos até o dia 1º de julho.
Por que esta data seria o limite?
O oficial é apontado como pré-candidato a deputado federal, este ano, e poderia permanecer no cargo até três meses antes do pleito.
Ele busca o eleitorado bolsonarista, concorrendo diretamente com o vereador/delegado Fábio Costa, candidato pelo PP ao mesmo posto.
Eis uma questão – mais uma – confusa na legislação eleitoral: o prazo de desincompatibilização para quem ocupa cargo de comando seria de, no mínimo, seis meses.
Mas estamos tratando da hermenêutica: o que vale é a interpretação e não a lei, propriamente.
O comandante do CPC chegou a ser convidado a entrar no MDB pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Victor, a quem é ligado (como todos os demais chefes da Segurança Pública).
Do Valle recusou o convite por ser, notoriamente e confessadamente, contra o ex-presidente Lula.
Lembrando...
Cerca de 40 entidades elaboraram um documento, a nota “protesto e indignação” contra a nomeação do coronel do Valle para o Comando do Policiamento da Capital, que protocolaram no Palácio República dos Palmares.
O que disse o governador-tampão?
Que a preocupação com o oficial será apenas daqui para frente – o que passou passado é.










