Esse embate acontece, principalmente no território das redes sociais - próprio desses tempos.

De um lado, grita uma tribo; do outro, os “guerreiros” adversários.

Fato concreto é que o Governo do Estado e a Prefeitura de Maceió disputam para saber quem vai queimar mais dinheiro público com seus eventos.

A questão não é a festa de São João, que nos parece bastante apropriada nesta fase final (?) da pandemia. Afinal, a última vez que as tradicionais festas juninas aconteceram por aqui – em todo o país – foi em 2020, há três anos.

Mas contratar artistas caros, sem nenhuma identificação com a festa ou com a data, é apenas explicitar que esta é uma briga de novos ricos – o que vale é o vil metal: João Ostentação x Paulo Ostentação. 

Com bem menos, seguramente, seria possível fazer uma festa que preservasse as características do período – até mesmo para o turismo seria mais atraente -, ao mesmo tempo em que os cofres públicos, do município e do Estado, seriam mais respeitados.

Bom mesmo seria se os dois lados estabelecessem outra concorrência: quem gasta mais com a Educação pública, por exemplo.

Mas eles apostam é que o que vale é a festa imodesta, mais até do que o pão suficiente na mesa.