Alguém precisa dizer ao prefeito JHC que a vida real não passa nas redes sociais, principalmente as dos governantes (tem gente comum que até opta por essa exibição. Enfim, cada um com sua mania).

Mas, fato concreto, os serviços contínuos oferecidos pela prefeitura de Maceió, que já eram muito ruins, ficaram ainda piores.

Esta semana, pude observar no Murilópolis uma manifestação dos moradores do Novo Mundo, que vieram para a pista dupla que dá acesso à localidade protestar contra a falta de transporte coletivo – não tem ônibus circulando por lá.

Liguei para a prefeitura, para um assessor de JHC, e ele me disse que o problema “de fato, existe” e que ia tentar uma solução - eu me comprometi com os manifestantes a tentar ajudá-los, daí o meu registro de agora.

No mesmo microcosmo, posso observar, cotidianamente, a grama crescer no canteiro central do mesmo Murilópolis, como uma mata que quer se expandir e não encontra nada para impedi-la.

Na verdade, é isso: se o jovem prefeito, que adora bombar nas redes, circular pela cidade com curiosidade há de ver o quanto existe em Maceió que não é “instagramável”, mas que merece o cuidado e o carinho do gestor.

Para complementar, independentemente do bate-boca de menino amarelo nas redes sociais com os palacianos, também bobões, o Jotapalooza (São João),  anunciado com grande estardalhaço – a moçada é criativa –, pode até causar impacto. Como propaganda, mas nada vai deixar para a cidade (esse papo de que “mobiliza” a economia informal é puramente demagógico).

É importante, sim, fazer festa, até porque ninguém vive só para atender as suas necessidades primárias, mas há de se definir critérios de hierarquia na administração pública.

Nas cidades, o cotidiano há de ser a prioridade. Se as coisas funcionam, os serviços públicos, no dia a dia, cabem até mesmo nas fantasiosas redes sociais.