Eleição de Paulo Dantas é o desfecho da crise iniciada com a saída de Luciano Barbosa

15/05/2022 14:55 - Ricardo Mota
Por redação
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Ainda em 2020, com mais dois anos de governo pela frente, Renan Filho viu desmoronar o seu mundo de fantasia.

Fazendo uma boa administração, principalmente quando comparamos com os seus antecessores, RF viu até onde pode levar a mágoa: seu vice, Luciano Barbosa, sempre tratado com desdém e seguidos deboches no Palácio - não era o caso dos “cabeças brancas” -, sentiu que era a hora da sua reação.

O atual prefeito de Arapiraca vislumbrou o fim da sua carreira política em 2022, ainda que como governador – um tampão com grife -, e resolveu peitar Renan pai e Filho.

Enfrentou a máquina do MDB local, foi chamado de traidor, se candidatou à prefeitura da sua cidade e teve de apostar na Justiça Eleitoral em Brasília, já que aqui perdia todas.

O que veio a seguir, todos vocês sabem.

Nem essa pancada levou o então governador a calçar as sandálias da humildade. Estava convicto, e assim me disse por telefone, que elegeria quem ele escolhesse para o cargo que deixaria vago, garantindo que grande maioria da Assembleia seguiria sua orientação.

Deu no que deu: teve de aceitar a escolha de Paulo Dantas para tampão, que lhe foi comunicada por Marcelo Victor, o criado da criatura, sem direito à contestação e à réplica.

A eleição de Dantas, que assume o governo pelo menos até dezembro, está amparada pelas regras do jogo democrático e é o desfecho dessa crise iniciada com a saída de Luciano Barbosa do governo, uma solução muito distante da projetada por Renan Filho - mas é a possível.

A realidade se impõe para todos, inclusive para os que a negam, sob o aplauso da plateia escolhida.

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