O Tribunal de Contas do Estado de Alagoas custa algo em torno de R$ 120 milhões/ano aos cofres públicos do segundo estado mais pobre do Brasil.
Pois bem: para fazer o quê?
Vejam, abaixo, o tamanho do prejuízo dos alagoanos.
Recentemente, eu publiquei aqui neste espaço que o governador Renan Filho cumpriu seus dois mandatos sem ter uma única conta apreciada pelo pleno do palácio de vidro da Fernandes Lima.
Assim como o leitor, o blog também quis saber mais. Encaminhei, no último dia 12, ao competente e correto jornalista Valtenor Leôncio, assessor do TC, a mensagem abaixo:
“Caro Valtenor:
Solicito, se possível, que você envie para este e-mail as seguintes informações:
- quais foram as última contas da prefeitura de Maceió e da Câmara de Vereadores da capital apreciadas pelo TC?
Grato pela sua atenção,
Ricardo Mota”
Em contato telefônico, o correto colega disse que havia encaminhado a solicitação para a direção do palácio.
Como a resposta não veio, liguei para o conselheiro Otávio Lessa, no dia 17, mas ele não me atendeu. Voltei à carga no dia 22, quando um seu assessor me mandou uma tabela que nada dizia – eram números soltos, sem nenhuma identificação de nomes de fiscalizados e fiscais. Tão somente o popular “engana o besta”.
Ao presidente do TC, nesta mesma ligação - dia 22 -, reiterei que gostaria de receber as informações solicitadas. Ele prometeu fazê-lo, rapidamente, Na sequência, indaguei se ele sabia ao menos quais foram as últimas contas da prefeitura de Maceió e da Câmara de Vereadores apreciadas pelos seus pares e quando.
Lessa disse que não lembrava, mas reafirmou que mandaria as informações por escrito, incluindo os nomes dos relatores das contas nunca apreciadas.
Como tive frustradas as tentativas seguintes de receber as informações, resolvi escrever estas breves linhas sobre a opacidade de quem recebe uma dinheirama para garantir a transparência nos gastos com o dinheiro público.
Podemos deduzir que o dinheiro público está sendo desperdiçado.
Lembrando: tem uma vaga sobrando por lá, no Tribunal de (faz de) Contas.
É casa, comida, roupa lavada, trabalho pouco e dinheiro muito (não para os funcionários, que sentem vergonha da instituição e vivem as dificuldades próprias dos servidores mal remunerados).
Você ficou vermelho?