Os dois gigantes da política alagoana são os personagens que atraem a maior rejeição do eleitorado, como mostram as muitas pesquisas qualitativas realizadas pelos grupos de ambos.
Não precisaria nem de pesquisa para concluir que esta é uma verdade que não se esconde.
Até por isso, nesse início (?) de campanha fica evidente que a maior arma de alguns candidatos majoritários é associar os adversários/inimigos aos dois grandes – e estes dependem muito pouco ou quase nada dos eleitores formadores de opinião para se eleger.
Vê-se isso na vasta propaganda das redes sociais (e as terceirizadas, também): Paulo Dantas é Renan Calheiros; Rodrigo Cunha é Arthur Lira. É um peso imenso para os candidatos carregarem sobre os ombros.
Mas, claro, nem tudo é perda. Afinal, os tão semelhantes Calheiros e Lira têm, também, muito a oferecer para quem os segue.
O presidente da Câmara tem a força da máquina federal e legendas poderosas para compartilhar com os aliados; o senador do MDB tem uma influência no Judiciário, principalmente o local, que Lira ainda não alcançou – e nem sei se alcançará. Além disso, relação do emedebista com o presidente da Assembleia, Marcelo Victor, encorpa e eletriza ainda mais a sua turma.
Anote: essa associação de cada candidato com o seu padrinho vai ser um dos motes da campanha eleitoral.
E pasmem: quem conseguir colar mais o adversário/inimigo ao seu correspondente “maldito”, mais ponto deve ganhar junto ao eleitor.
Até porque é sempre mais fácil odiar (o que vale para tudo, não apenas para a política).