Ao mandar o senador Rodrigo Cunha retirar do ar o vídeo sobre a eleição indireta do tampão pela Assembleia Legislativa – marcada para 2 de maio -, o desembargador Ney Alcântara pode ter estabelecido a linha de corte na propaganda eleitoral.

O argumento central da decisão eu até entendo (e olha que já confessei, várias vezes, a minha dificuldade de lidar com a hermenêutica): há a legitimidade da eleição indireta do tampão, que está prevista na Constituição Federal/Estadual, mas foi questionada por Cunha.

Na sequência, o magistrado aponta a propaganda antecipada, o que não é permitido. Para todos, certamente, imagino, e ele deverá ter muito trabalho daqui para frente, já que a turma nunca parou nem dá sinais de que vai parar.

Em assim sendo, teremos desde já uma campanha eleitoral – a de agora e a que vem por aí – em que a regra será a “tolerância zero” aos abusos.  Não se trata de judicialização da política – não é o caso, mas sim da necessária ordem no terreiro. 

Um prato cheio para os ótimos advogados eleitorais que atuam em Alagoas, que poderão identificar -, com CPF e conta bancária – e denunciar até os ataques terceirizados e os inevitáveis “laranjas”.

O experiente magistrado deu o tom, que há de valer até a eleição. 

Que todos aprendam os passos da dança. Se não, que dancem.