As campanhas de Rodrigo Cunha e de Paulo Dantas – este desde o ano passado – já chegaram às ruas, com ataques e contra-ataques públicos (alguns, terceirizados).
Mas Rui Palmeira, um nome que ganhou peso na disputa pelo Palácio República dos Palmares, ainda está atuando nos bastidores, tentando costurar alianças com lideranças políticas e empresariais – que têm pouca rejeição a ele.
O ex-prefeito de Maceió, porém, aposta que pode, sim, ser o candidato dos nem-nem - no caso, aqueles que não querem nem Dantas nem Cunha. Quantos eles serão? Quem há de saber antes das urnas?
Por enquanto, ele já tem algumas vitórias: voltou a ser lembrado, ganhou manchetes e tem atuado com competência para ser ouvido.
Historicamente, a polarização em Alagoas elimina a possibilidade de que a terceira via se viabilize em eleições ao governo. Houve o caso, é verdade, de Ronaldo Lessa na disputa pela prefeitura de Maceió, ele que desbancou Téo Vilela e Zé Bernardes, em 1992. Mas é uma exceção que confirma a regra.
Não há, e é importante ressaltar, determinismo histórico em política, principalmente quando o tema é a disputa pelo poder. O eleitor – e todos somos eleitores – muda com o vento, mesmo que seja ,inicialmente, rejeitando os odores que sopram na sua direção.
E nem precisa ser furacão.