Quem lê os grandes jornais nacionais, todos os dias, não pode deixar de ver o esforço, por exemplo, do Estadão na busca de um nome para a chamada 3ª via na disputa pela presidência.

Beira o desespero, mas acentua a inutilidade dessa procura.

Todos os pretensos candidatos do “centro” se mostraram pouco ou nada competitivos. O ex-juiz Moro foi, incialmente, aquele que ainda alçou algum voo – de galinha, verificou-se. À esquerda, Ciro Gomes chegou menos este ano do que em 2018.

Lula e Bolsonaro continuarão polarizando a disputa, e porque a sociedade brasileira está, de fato, polarizada – e isso faz quatro anos.

O ex-presidente petista lê corretamente o cenário e trabalha para ampliar o leque das suas alianças. Bolsonaro aposta na sua turma, antivacina, armamentista e defensora (?) dos “valores da família brasileira” – seja lá o que querem dizer com isso.  

Objetivamente: haverá segundo turno.

É bem verdade que essa movimentação em defesa da terceira via parte, principalmente, de bolsonaristas arrependidos. Mas que fique claro: estes são minoria.

O tema ainda vai render muita matéria nos veículos de comunicação em todo o país. E só.