O jornalista Regis Cavalcante forma com o economista Juca Carvalho uma dupla bastante conhecida nos meios políticos locais, já tendo participado de vários governos estaduais e municipais (Cavalcante chegou a ser vereador e deputado federal, no final da década de 1990).

Eles são o Cidadania, um pequeno partido em Alagoas e no Brasil, herdeiro do antigo PPS (que já nasceu do velho PCB) e que briga para sobreviver em meio aos grandes.

O que importa: Cavalcante tem dado um trabalho danado ao grupo de Rodrigo Cunha, desde os “tempos” de PSDB (do senador).

Em razão da federação formada com os tucanos nacionais, os dois representantes do Cidadania local reclamam de que não são ouvidos nas discussões sobre alianças e formação de chapas – o que é verdade - e protestam alto.

Inicialmente, contra o veto ao deputado Marcos Barbosa, que não conseguiu ficar na chapa de estadual do grupo de Cunha e que foi parar no Avante.

Agora, Cavalcante anuncia que quer ser candidato a governador pela federação, que tem o nome de Jó Pereira, que se filiou ao PSDB, como potencial vice de Rodrigo Cunha.

De quebra, Juca Carvalho, sempre ele, se lançaria ao Senado.

É jogo jogado - e por profissionais. Em resumo: briga de branco. 

Conversei com dois governistas/assembleístas, que trataram do tema em conversa informal. Por óbvio, eles vibram com a briga no ninho tucano/unionista/pepista – e apostam que Jó Pereira pode sair do jogo majoritário, o que não é pouco. É mulher, qualificada e envolvidas com as causas que abraça.

Não sei se vinga a ideia dos dois do Cidadania, até porque a lei diz aquilo que o julgador diz que ela diz (o resto é jogo de palavras). Os dois fazem o que acham de deve ser feito.

O barulho, por enquanto, ainda não chegou à superfície com a força das ondas. Mas não se pode ignorá-lo.