A medalha ainda não foi criada, mas poderia estar sendo exibida no peito pelo governador Renan Filho: “Amigo do Tribunal de Contas” (fica a modesta sugestão). Os antecessores também seriam medalhados - todos. 

Creiam, caros e caras leitores deste insignificante espaço, o ex-governador que deixou a cadeira no último sábado, depois de mais de sete anos de poder, nunca teve uma das suas contas ao menos apreciada pelos expeditos conselheiros do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas. Julgadas, então!!!

Repito: nunca! 

Talvez quando a terra estiver submersa, como na música do Chico Buarque, futuros conselheiros se olharão sem saber quem foi Renan Filho – e se perguntarão: o que fez ele?

Deixando a ironia de lado, é um absurdo que um órgão que custa mais de R$ 110 milhões/ano, que tem como missão apreciar a qualidade e legalidade dos gastos com o dinheiro público, simplesmente nada faça para cumprir seu papel constitucional (tem até um tal de MP por lá).

O que diz o presidente

Falei ao telefone com o conselheiro Otávio Lessa, presidente do TC.

Ele: 

- As contas estão com os relatores, eu cobro sempre, mas eles ainda não trouxeram para o pleno, para votação.

- !!!!!

Fico sabendo que há mais vagar no Palácio de Vidro da Fernandes Lima do que pode alcançar  minha pobre imaginação:

- As três últimas contas de Téo Vilela estão sub judice, esperando que o Supremo Tribunal Federal autorize a análise. O ex-governador provocou esta situação.

(O último julgamento pelo pleno aconteceu em 2017, aprovando as contas do tucano relativas a 2011. 

E RF?

- Não tem explicação, é atraso mesmo.

Em tempo

Os prefeitos dos minúsculos municípios interioranos que se preparem: a vingança dos senhores conselheiros será “maligrina”. Basta ver as sessões  MMA  verbal, recentes. 

É pau para comer sabão, e pau para saber que sabão não se come – no dizer de um inesquecível filósofo local.