O presidente da Câmara dos Deputados,  Arthur Lira (PP), disse, em entrevista à imprensa nesta terça-feira (5),  que a atual situação da Petrobras causa um inconveniente para todo o Brasil, levantou uma questão sobre a quem a estatal serve e disse que se ela não beneficia o estado e povo brasileiro, “que seja privatizada”.

“ A quem serve a Petrobrás? Não dá satisfação a ninguém, não produz riqueza, não produz desenvolvimento, a gente tem um preço de petróleo que internacionalizado, a gente produz o petróleo aqui, uma commodities que a gente produz e que tenha referência no preço internacional, porque é bom para os investidores, é bom para quem é acionista, e somente isso que serve? Ela é uma empresa estatal. Se ela não tem nenhum benefício para o Estado, nem para o povo brasileiro, que vive reclamando todo dia dos preços dos combustíveis, que seja privatizada e que a gente trate isso com a seriedade necessária”, disse Lira, ressaltando que a declaração é uma opinião pessoal.

 Arthur criticou a formatação da lei que rege as normas de indicações a cargos em estatais, que impede que “um nome de mercado” assuma o comando da petrolífera.

O presidente da Câmara também disse que  não tem nenhum tipo de relação com o economista indicado para assumir a presidência da estatal, Adriano Pires, que acabou por recusar o convite na segunda-feira (4).

“Eu não tenho, como foi ventilado na imprensa, nenhum tipo de relação com Adriano Pires. Nunca estive pessoalmente com Adriano Pires, nunca falei pessoalmente com Adriano Pires. Eu me reportei na reunião de líderes a ele quando nós estávamos votando a lei do gás para tirar uma dúvida a respeito desse assunto, porque ele é reconhecidamente um grande estudioso entendido nesse assunto. Dá inclusive assessorias”, afirma Lira.

"E você não pode partir da premissa de que um cara, porque dá assessoria no ramo privado, é uma empresa privada. Ele não pode assumir um comando de uma empresa pública porque isso é desonestidade. Não. A regra ela é difícil de ser cumprida porque ela foi feita para isso. Para travar a Petrobras. Para ela se tornar isso que é hoje, causando esse inconveniente para todo o Brasil. Então, a partir daí, eu acho que há necessidade sim, clara do Congresso se debater para ver a possibilidade de mudar alguns tópicos da Lei das Estatais, inclusive tratando claramente da privatização dessa empresa”, pontuou.