A padaria Belo Horizonte, situada numa das principais vias do bairro Pinheiro, sofreu mais um episódio de arrombamento. Os vândalos depredaram o imóvel e picharam várias paredes. Essa não é a primeira vez que o estabelecimento foi invadido.
Segundo Dirceu Buarque, dono da padaria, essa não é a primeira vez que seu negócio é invadido. “Cerca de uma semana antes deste novo ataque, a padaria já havia sido assaltada, mas sem perdas significativas”, relata. No entanto, o prejuízo do episódio mais recente conseguiu alcançar níveis estratosféricos. “Eles levaram o que conseguiram: talheres, pequenos utensílios e toda a fiação da padaria. O que não conseguiram, simplesmente destruíram”, conta o empreendedor, que se deslocava diariamente até a padaria para conferir se tudo estava intacto, já que a Braskem não fornece um espaço seguro para armazenar os equipamentos.
Amigo do empreendedor conseguiu registrar o momento da invasão
“Quando cheguei com a polícia, depois de ser avisado da invasão por um amigo que assistiu a tudo, o lugar já estava irreconhecível: sem energia, com as paredes quebradas e pichadas e quase todo o nosso maquinário destruído”, relembra Dirceu Buarque. O proprietário da padaria, uma das mais tradicionais do bairro, que se manteve em atividade por mais de 40 anos, ainda não conseguiu calcular o prejuízo total, tamanha a destruição, mas o valor absoluto promete ser astronômico. Agora, para evitar que a tragédia evolua, o empreendedor tira, com as próprias mãos e a ajuda da família, o restante dos equipamentos.
Para Dirceu Buarque, não restam dúvidas: a Braskem é a principal culpada pelo sofrimento atual. Não apenas porque o estabelecimento foi invadido por meio do imóvel vizinho, cuja indenização já foi paga e que está sob o controle da petroquímica, mas principalmente pelo descaso do qual a família Buarque vem sendo alvo há anos. “Nosso negócio está isolado num bairro fantasma, estamos sem nossa única fonte de renda, em meio a um processo de negociação indenizatória cheio de agressões, e com o emocional em frangalhos”. “No entanto”, conclui, “o pior é que, até hoje, sequer recebemos qualquer proposta indenizatória”.
*com Assessoria