Não é uma questão ideológica, de convicção partidária, até porque poucas são as legendas que se distinguem por algo, e elas estão à direita ou à esquerda.
O que conta na reta final do prazo de filiação partidária é a sobrevivência política – pura e simplesmente. O cálculo é aritmético e não pode dar zero nem negativo para os calculistas.
Como já dissemos: nessa seara o suicídio é terceirizado.
Ainda teremos algumas surpresas, nesta semana, no salto sem saudades através da janela da infidelidade partidária. Sai-se de um lado para outro, e se em ambos a paisagem parece igual, o que se busca é chegar do “lado de cá” – ainda que nós não consigamos enxergar.
Por enquanto, aqui vão mais dois mutantes partidários: Chico Tenório, eleito deputado estadual pelo PMN, não topou seguir sua turma na Assembleia e cumpriu o prometido: foi parar no PP, de Arthur Lira. O MDB, para onde ele iria, formou o que já se chama no meio político de Chapão da Morte (a candidatura de Tio Rafa a estadual já “morreu” antes de chegar à praia).
O mesmo caminho segue Marx Beltrão, deputado federal, que deixa o PSD para se aninhar numa das legendas de propriedade do presidente da Câmara Federal.