Não tem sido novidade os embates protagonizados pelo prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC (PSB), e o secretário estadual da Fazenda, George Santoro. Muitas das trocas de farpas, evidentemente, possuem como motivadoras o clima político atual, já que JHC é declaradamente um opositor aos Calheiros. Já o secretário, o responsável pelas políticas associadas aos temas que o chefe do Executivo municipal adora levantar.

O momento, portanto, ajuda a levantar o tom. Fosse em outras épocas, talvez fosse diferente a postura dos atualmente indignados. 

Desta vez, o embate se deu por conta de uma manchete da Gazeta de Alagoas que versa sobre a gestão fiscal do Estado e traz um levantamento que mostra uma dívida pública que soma mais de R$ 10 bilhões, o que – segundo a reportagem – inviabilizaria o novo governo a ser eleito, independente de quem seja o futuro gestor.

JHC repercutiu a matéria e comentou: “o retrato de um governo irresponsável fiscalmente, esbanjador e imediatista, que não tem um plano claro de desenvolvimento econômico, que não pensa nas futuras gerações. Uma hora o passado o passado tocará as nossas costas e esses irresponsáveis provavelmente estarão bem longe”. 

Santoro respondeu por meio de suas redes sociais. Primeiro, ele classifica a reportagem como “fake news”. “É triste ver gestores públicos fazendo apenas politicagem em vez de trabalhar. Vamos em frente. Não podemos retroceder”, colocou. Na sequência, Santoro ironiza o prefeito e sobra até para o senador Fernando Collor de Mello (PROS) e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas).

“Prefeito JHC, o senhor que é tão ‘pintoso’, não se preocupe com as notícias da Gazeta de Alagoas. Não crie rusgas, não farão bem a sua imagem no Instagram. O Fernando Collor e o Arhur Lira não entendem nada de gestão (...)”. Santoro ainda defende os gastos da gestão Renan Filho citando a construção dos hospitais, reajuste dos servidores e obras públicas. “Fique tranquilo que tudo foi feito com muita responsabilidade dentro de um rigoroso planejamento. Somos hoje o Estado com melhor solidez fiscal do país e não sou eu que fala isso. São as duas maiores agências de rating do país, também o Tesouro Nacional, o BNDES e os principais bancos do país”, pontuou o secretário.