Após a soltura do motorista que provocou o atropelamento que resultou na morte do atleta Anderson de Melo Andrade, de 35 anos, a Associação Estadual de Triatletas de Alagoas (Aetri/AL) afirmou que vai buscar uma pena mais dura para o condutor. O caso foi registrado no último sábado (25), no acostamento da BR-104, nas proximidades do Sistema Prisional, no bairro Cidade Universitária, parte alta de Maceió.
O motorista chegou a ser detido após o acidente, mas foi liberado no mesmo dia ao pagar uma fiança no valor de dois salários mínimos. Ele deve responder ao inquérito em liberdade.
Ao Cada Minuto, o presidente da entidade, o advogado Welton Roberto, explicou que irá atuar junto à delegacia de acidentes de trânsito na tramitação do inquérito para que o motorista seja indiciado por homicídio doloso (dolo eventual).
“Pois a soma da inabilitação, com embriaguez e a alta velocidade permite aferir que ele assumiu o risco de produzir o resultado, sendo, então, sujeito a uma pena de seis a 20 anos de reclusão e possibilitando pedido de prisão”, declarou.
Nas redes sociais, a associação também informou que vai cobrar dos órgãos de trânsito mais empenho no combate a este tipo de crime e ações direcionadas à educação dos condutores.
O caso
O condutor de um veículo de passeio atropelou o atleta que praticava uma caminhada, nas primeiras horas do último sábado (25), no acostamento da BR-104, nas proximidades do Sistema Prisional, no bairro Cidade Universitária, parte alta de Maceió.
Segundo testemunhas, o motorista teria perdido o controle do veículo, invadiu a calçada e atingiu o pedestre. Ele foi arremessado, sofrendo fraturas expostas e traumatismo craniano grave e precisou ser entubado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
A vítima foi encaminhada ao Hospital Geral do Estado (HGE), onde morreu na manhã do dia seguinte, no domingo (27), devido a gravidade do quadro de saúde. Ele estava internado na Recuperação Pós-Anestésica, após procedimento cirúrgico de emergência.
*Estagiária sob a supervisão da editoria