A invasão da Rússia à Ucrânia completou hoje uma semana com intensificação dos ataques aéreos em diferentes cidades. Os dois países divergem em relação ao número de mortos (veja abaixo).
Em meio aos ataques, a Assembleia-Geral da ONU aprovou uma resolução deplorando a ofensiva, pedindo a retirada imediata das tropas e apelando para que negociações sejam estabelecidas.
O texto é uma manobra para isolar a Rússia, diplomaticamente, numa ofensiva maior para transformar Vladimir Putin em pária. Apenas cinco países votam contra: Belarus, Eritreia, Coreia do Norte, Rússia e Síria. Mesmo tradicionais adversários dos EUA, como Cuba e China, se abstiveram.
Novas explosões
Em Kiev, capital do país, uma forte explosão provocada por ataque aéreo foi ouvida hoje perto da estação ferroviária, segundo o Ministério do Interior. O prédio resistiu, com pequenos danos. De acordo com o ministério, a explosão pode deixar a cidade sem aquecimento por ter atingido uma grande tubulação de aquecimento nas proximidades.
De acordo com o ministério, a explosão pode deixar a cidade sem aquecimento por ter atingido uma grande tubulação de aquecimento nas proximidades.
Kharkiv, no leste do país, foi bastante atingida. Entre os alvos, estava a Câmara Municipal e a sede da polícia. De acordo com o governador Oleg Synegubov, ao menos 25 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas após os bombardeios.
No sul do país, as forças do presidente russo, Vladimir Putin, dizem ter tomado o controle da cidade de Kherson, perto da península da Crimeia. Autoridades ucranianas, porém, negam e falam em cerco.
Um assessor do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse nesta quarta-feira que a Rússia não havia capturado Kherson. Oleksiy Arestovych afirmou que a luta continuava pela capital provincial de cerca de 250 mil habitantes, que fica na saída do rio Dnipro para o mar Negro.
Em Enerhodar, no sul da Ucrânia, moradores usaram até caminhões de lixo para bloquear uma rodovia e tentar impedir a entrada de tropas russas na cidade. A região abriga a usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior unidade energética da Europa.