Levando como exemplo o mesmo método adotado pela OAB de São Paulo, um grupo de advogadas alagoanas entregaram ao presidente da OAB Alagoas a proposta de paridade na formação da lista sêxtupla do quinto constitucional, que irá escolher o nome novo desembargador do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL). 

Em uma carta aberta, as advogadas explicaram que entre os 97 Desembargadores que estão ou já passaram pela referida Corte, apenas 3 foram mulheres e nenhuma delas oriunda do quinto. O grupo ainda lembrou que Em 2021 o critério da paridade nas eleições da OAB possibilitou que muito mais mulheres integrassem os quadros da instituição, sendo um marco contra a exclusão histórica das mulheres advogadas nos espaços de poder e decisão da Ordem, mesmo sendo estas praticamente 50% da advocacia e mais de 50% da população brasileira.


“Em Alagoas se aproximam as eleições do quinto constitucional para o Tribunal de Justiça, momento em que a advocacia poderá votar e escolher o nome de 6 advogados e/ou advogadas que formarão a denominada lista sêxtupla. Desta lista serão escolhidos 3 nomes que, ao final, será o referencial de escolha para a nomeação do próximo ou da próxima desembargadora do Tribunal de Justiça de Alagoas que, diga-se de passagem, entre seus 16 membros, tem somente uma mulher”.


O grupo pediu para Alagoas possa seguir o exemplo de São Paulo e adote o critério da paridade na lista sêxtupla cuja eleição se aproxima. “Contribuindo, de maneira justa e democrática, para que o judiciário de fato se torne um espaço mais plural e representativo, bem como que as advogadas alagoanas sejam, finalmente, contempladas.  Negar a importância da paridade na lista sêxtupla para o quinto constitucional é o mesmo que negar uma realidade perversa de exclusão feminina”, diz trecho da carta aberta.