A Polícia Civil de Alagoas (PC-AL) informou que, após investigações, foi comprovado que moradores do bairro Riacho Doce, em Maceió, realizaram diversas ligações  para a Equatorial Energia, durante a madrugada do dia 29 de janeiro, para informar sobre a falta de energia e do fio caído na localidade, que provocou a morte do menino Lucas Antônio, 8 anos.

Lucas morreu na manhã do dia 29 de janeiro, após pisar no fio caído e receber uma forte descarga elétrica. Na época, a Equatorial Energia afirmou, em nota, que havia recebido o chamado para a ocorrência às 8h32.

Nesta quinta-feira (17), o delegado responsável pelas investigações do caso, Roberval Davino, informou que foram solicitados protocolos das ligações e, após avaliação, ficou comprovado que os moradores realizaram diversas ligações durante a madrugada para a empresa.

Ainda segundo o delegado, o inquérito que apura a responsabilidade sobre a morte do menino ainda está em andamento e um funcionário da Equatorial ainda deve ser ouvido.

A Equatorial Energia informou que não irá comentar sobre as investigações do caso, que ainda estão em curso.

O caso

Segundo informações policiais, o menino Lucas Antônio pisou em fio de energia elétrica que estava caído no chão. Ele chegou a ser socorrido e levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jacintinho, mas não resistiu.

Moradores afirmam que foram realizadas diversas ligações para a Equatorial, desde a madrugada do dia da morte do menino, mas nenhum técnico da empresa apareceu. O local onde o fio estava caído é utilizado por crianças para brincar e jogar futebol. Há relatos de que a equipe da empresa só apareceu por volta das 10h. Neste horário, a criança já havia recebido a descarga elétrica e foi socorrida pela própria equipe da Equatorial.

No dia 31 de janeiro, a Polícia Civil instaurou inquérito para investigar a responsabilidade sobre a morte de Lucas.