A entrada de caminhões no Porto de Maceió foi proibida durante um protesto do Sindicato dos Portuários de Alagoas (Sindport), na manha desta quinta-feira (17). A motivação da paralisação é o ajuste salarial que está pendente de 2020.
Além dos caminhões, os trabalhadores também foram impedidos de entrar nas dependências do Porto. Em poucas horas de protesto, muitos caminhões já estão estacionados e ocupando uma das vias de acesso ao local, no bairro de Jaraguá.
Os membros do sindicato também impediram a saída dos caminhões, que estavam fazendo a descarga durante a madrugada. Segundo o sindicato, o protesto tem o objetivo de uma solução definitiva para a implantação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
Conforme as informações, a negociação do ACT já dura 10 meses. “É com profunda insatisfação e revolta que os empregados do Porto vêm recebendo os mesmos tratamentos da época do Almirante, nada mudou”, afirma o Sindicato.
Eles afirmam ainda que o Porto de Maceió continua sem autonomia e “refém da Codern [Companhia docas do Rio Grande do Norte].
Em nota, o Porto de Maceió informou que o acordo coletivo dos trabalhadores já foi assinado e aprovado no conselho da companhia, aguardando apenas a homologação no Ministério da Economia.
“Inclusive, dentro das cláusulas existentes consta a garantia do pagamento retroativo dos meses em que foi necessário aguardar pela homologação. Ou seja, tudo que estava ao nosso alcance já foi feito. O direito pela luta sindical é legítimo, no entanto, não podemos concordar com o fechamento do Porto de Maceió, prejudicando outros serviços e outras categorias, além do cerceamento do direito de ir e vir”, completa a nota.